Hormônio se mostra promissor para tratar doenças neurodegenerativas

Da Redação (*)
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14/08/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:03
 (Pixabay/Divulgação)

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A disfunção cognitiva e a diminuição da mobilidade a partir do envelhecimento e das condições neurodegenerativas relacionadas à idade, como Alzheimer e Parkinson, são grandes desafios biomédicos. Um estudo recente, desenvolvido na Universidade da Califórnia, coloca uma luz sobre o problema.

Cientistas norte-americanos descobriram que um hormônio chamado klotho, ligado à longevidade, pode melhorar o desempenho cognitivo e físico de pessoas com doenças neurodegenerativas. A pesquisa, desenvolvida em ratos velhos ou debilitados, foi publicada recentemente na revista Cell Reports.

“Com o crescente envelhecimento demográfico, a disfunção cognitiva e a falta de mobilidade estão emergindo como grandes desafios e não há terapias médicas verdadeiramente efetivas para esses problemas debilitantes”, afirma a autora principal da pesquisa, Dena Dubal.

Fragmento

O estudo em ratos mostrou que uma única injeção de uma partícula do hormônio pode melhorar a cognição. 

“As descobertas sugerem que o tratamento com um fragmento de klotho melhora a função cerebral durante toda a vida e pode representar uma nova estratégia terapêutica para aumentar a resiliência cerebral”, acrescentou Dubal. 

Porém, os pesquisadores disseram que estudos clínicos serão necessários para determinar a segurança e a eficácia da injeção do hormônio em humanos. 

O corpo produz naturalmente este hormônio complexo, que está envolvido em múltiplos processos celulares e ligado à longevidade em vermes, camundongos e humanos. 

Nos organismos modelo, assim como nos humanos, os níveis de klotho diminuem com a idade, estresse crônico, envelhecimento cerebral e doenças neurodegenerativas. 

Prazos

Estudos anteriores descobriram que a exposição ao longo da vida a níveis elevados de klotho aumenta as funções mentais, mas não está claro se o tratamento a curto prazo usando o hormônio poderia melhorar rapidamente a cognição. 

Neste estudo, ratos jovens tratados com o hormônio por quatro dias consecutivos apresentaram uma função cognitiva notoriamente melhorada, benefício que durou mais de duas semanas. 

Os ratos que estão envelhecendo apresentaram melhoras em apenas dois dias após uma única injeção do tratamento. E vários dias do tratamento aliviaram a deficiência em camundongos com sinais de doenças neurodegenerativas. “Todo esse trabalho vai nos ensinar algo realmente importante sobre como o corpo transmite resiliência ao cérebro”, disse Dena Dubal.

(*) Com AFP

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