A Polícia Civil deve abrir inquérito nos próximos dias para investigar se uma idosa de 77 anos cometeu crime de injúria racial. Ela foi acusada por um fisioterapeuta de chamá-lo de "negrinho preto".
O caso teria acontecido nesta segunda-feira (19) em uma clínica fisioterápica localizada no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A suspeita negou o crime, mas foi levada para a Central de Flagrantes (Ceflan) 2, onde a ocorrência foi registrada.
Segundo o Boletim de Ocorrência, a mulher se negou a ser atendida pelo profissional. Além de xingar o homem, ela teria também apontado o dedo para o fisioterapeuta, mas alegou que não encostaria nele para "não sujar as mãos". Essa foi a versão apresentada pela vítima.
A idosa, por sua vez, deu outra explicação para a confusão. A mulher relatou à Polícia Militar que queria ser atendida por outro profissional, pois o fisioterapeuta a quem ela ofendeu teria provocado uma lesão no ombro direito dela. Segundo relato da mulher, o fisioterapeuta teria trocado o pedido passado pelo médico.
Ela confirmou que apontou o dedo para o rapaz, mas alegou que ele disse que fingiria uma agressão caso a tocasse. A versão da idosa, no entanto, foi desmentida por testemunhas que presenciaram a briga.
Lei
Injúria racial é crime previsto no Código Penal, que estabelece pena de reclusão de um a três anos, além do pagamento de multa. De acordo com a legislação brasileira, injuriar é ofender a dignidade da pessoa utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição da vítima.