A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira (5) que os 13 estrangeiros presos em Belo Horizonte durante a Operação "Cullinan", que investigou uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína, foram indiciados.
O bando, conforme a corporação, levava o entorpecente da Região Metropolitana de Belo Horizonte para a Europa em blocos de granito. Para isso, os criminosos alugavam imóveis na capital mineira e em Nova Lima, criavam empresas fictícias e, lá, faziam a ocultação da droga nas pedras de granito.
A operação que resultou na prisão dos bandidos começou em 2016 e, em novembro daquele ano, os agentes identificaram que os estrangeiros faziam a exportação do material ilícito a partir de portos de Vitória (ES) e do Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, foram apreendidos sete blocos de granito, que escondiam aproximadamente mil quilos de cocaína. A droga tinha como destino a Espanha.
Todos os investigados conseguiram fugir, mas tiveram mandados de prisão expedidos e os nomes incluídos na Interpol, a polícia internacional. Três foram presos na Colômbia e um em São Paulo. Com o grupo, a PF apreendeu equipamentos de perfuração, uma empilhadeira, além de documentos, smartphones e mídias eletrônicas, um veículo, 60 mil dólares e R$ 34 mil em espécie.
O preso em São Paulo foi conduzido para BH, onde permanece à disposição da Justiça Federal. A PF já solicitou a extradição dos presos na Colômbia para o Brasil, para serem interrogados e para que permaneçam à disposição da Justiça brasileira. Se condenados, os detidos podem ser condenados a penas de até 30 anos.PF/Divulgação
Grande quantidade de dinheiro foi apreendido com a organização criminosa