Intermediário da Chacina confessa o crime e acusa Mânica de encomendar mortes

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
29/10/2015 às 22:10.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:16
 (Eugênio Moraes e Flávio Tavares)

(Eugênio Moraes e Flávio Tavares)

Assim como era esperado, o réu José Alberto de Castro, acusado de participação no caso que ficou conhecido como Chacina de Unaí, confessou o crime, dando sua versão para os fatos. Versão está que é distinta daquela que conta na denúncia do Ministério Público Federal.

José Alberto, que teria intermediado o contato entre mandante e executores, iniciou seu interrogatório dizendo que o que iria fazer era muito difícil. "Eu estou aqui para assumir a minha culpa, eu errei. Assumo o meu erro é estou disposto a pagar por ele", alegou.

O réu contou que foi procurado por Hugo Pimenta, outro réu e delator do processo, que estava em busca de alguém que pudesse ajudar o Norberto a resolver um problema com um fiscal. "Ele me disse que o Norbeto estava com um fiscal incomodando ele demais, que ele queria matar um fiscal e me perguntou se eu não sabia alguém que fazia isso. Mas ele (Hugo) mentiu quando disse que o Norberto me pediu isso. Eu não tinha contato com o Norberto, só com o Hugo", alegou.

Ao ser questionado pelo juiz se não tinha pensado antes de agir como agiu, José Alberto chorou ao falar que tinha errado. "Infelizmente, eu cedi à pressão do Hugo. Eu falhei doutor, falhei como homem, como pai de família", disse o réu que, apesar de admitir a culpa, fez questão de salientar que sabia que apenas o fiscal Nelson seria assassinado e ninguém mais além dele.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por