Internautas convocam protesto contra palestra sobre 'Como prevenir e reverter a homossexualidade'

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
23/11/2016 às 09:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:46

O post sobre um evento da igreja Getsêmani de Belo Horizonte com o tema “Como prevenir e reverter a homossexualidade” ainda repercute nas redes sociais. Um grupo mobiliza internautas a participar de um evento de combate à homofobia. 

Na página do Facebook, o convite traz a seguinte informação: "mobilização contrária a essa agressão e disseminação de ódio ministrada por aquela que se diz psicopedagoga: Isildinha Muralhas (pastora)". Muitos aprovaram o convite e já aderiram ao movimento.

Mas alguns internautas são contrários à mobilização: "Gente, sério que vcs vão dar audiência pra essa mulher? Fazê-la crescer? A página que compartilhou o curso dela até ontem só tinha 800 contatos. E a postagem do curso, em 6h, teve 230 compartilhamentos. E quem compartilhou? Nós! É só alguém falar uma besteira absurda e nós fazemos toda a propaganda dessa pessoa. É tiro no pé". 

O post sobre a palestra da pastora, marcada para próxima quinta-feira (24), às 19h30, com o tema “Como prevenir e reverter a homossexualidade” foi publicado no último domingo (20) na página do Facebook da igreja e recebeu diversas reações, críticas e até denúncias no Ministério Público.

Membros da própria comunidade evangélica se manifestaram contra o evento da Getsêmani. “Que eu saiba Jesus nos mandou amar o próximo, queridos, como ele nos amou. Sou cristã, evangélica e estudante de psicologia e senti muita vergonha quando li isso”, disse uma internauta.

Nessa terça-feira, a igreja  Getsêmani apagou o post e publicou um novo banner sobre a palestra. O tema do evento foi modificado para “Orientando pais sobre a sexualidade de seus filhos”.

Procurado pela reportagem, o pastor Atilano, responsável pela comunicação da  igreja Getsêmani, disse que tudo não passou de um mal entendido. “A igreja onde vai ocorrer a palestra colocou esse post por conta própria, nem nós sabíamos. Quando vimos, entramos em contato e pedimos para trocar, porque estava errado”.

De acordo com ele, a igreja nunca teve a intenção de promover o preconceito. “Em uma palestra para orientar pais sobre sexualidade dos filhos, esse assunto pode ser tocado em algum momento. Mas não tem nada disso, porque a igreja não tem esse papel”.
 

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