Na manhã desta terça (12), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizaram a operação Correntes, que apura a atuação de organização criminosa que estaria fornecendo celulares, drogas, armas e outros objetos proibidos para presos da Penitenciária Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

Oito mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e quatro conduções coercitivas foram cumpridas, além de terem sido apreendidos equipamentos eletrônicos diversos, especialmente telefones celulares.

Durante as investigações, o MPMG apurou que os presos se comunicam por meio de celulares, embora a penitenciária possua sistema de bloqueio telefônico. O meio de comunicação é utilizado para comandar a prática de crimes do lado de fora da cadeia, para adquirir e vender drogas, além de fazer contato com agentes penitenciários para que forneçam, mediante pagamento, objetos proibidos. 

Os agentes penitenciários integrantes da organização aproveitam o horário de almoço dos colegas para fazerem ofertas de celulares em toda a unidade prisional. Além disso, segundo o MP, eles estariam danificando os telefones públicos para obrigar a compra dos celulares, e desligando o bloqueador de sinal de telefonia para fomentar a negociação ilegal. 

Em um dos celulares apreendidos, foram localizadas conversas solicitando depósito de R$ 500 na conta bancária da esposa de um agente penitenciário. Quinze dias antes, na mesma conta, já teria sido feito outro depósito de R$ 1.500 para a mesma finalidade, ou seja, a entrega de um celular e de outros itens proibidos na unidade. 

A Operação contou com o apoio das Polícias Militar e Civil e da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). 

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