Itamaraty diz não ter recursos para trazer corpo de estudante mineira de volta ao Brasil

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
07/12/2016 às 11:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:58

O governo brasileiro informou que não pode arcar com o transporte do corpo de Laís Moreira Martins, de 25 anos, universitária mineira que morreu no fim de semana em Buenos Aires, na Argentina. De acordo com o órgão, "não existe previsão orçamentária ou legal para o custeio do translado de corpos de nacionais brasileiros falecidos no exterior". Desta forma, a remoção do corpo para Belo Horizonte deve ficar sob a responsabilidade da família.

Contudo, o Ministério das Relações Exteriores garantiu que está prestando todo o apoio aos parentes para que a liberação do corpo da estudante de medicina seja agilizada. Esta, inclusive, é a principal reivindicação de familiares e amigos da jovem, que estão mobilizados para conseguir sepultar Martins em Belo Horizonte. O temor dos pais da estudante é de que a perícia que irá determinar a causa da morte demore até 60 dias, o que prolongaria o sofrimento da família.

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Em nota enviada ao Hoje em Dia, o Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires reforçou que está empenhado para acelerar os trâmites legais "inclusive no que se refere à expedição de documentos (como certidão de óbito) junto às autoridades locais, levantamento de orçamentos junto a funerárias e outras providências relacionadas à agilização do translado do corpo.

Campanha
Pelas redes sociais, parentes e amigos de Laís Moreira Martins iniciaram uma campanha para conseguir trazer de volta a Belo Horizonte o corpo da jovem. "Com o coração cheio do dor (...) peço que intercedam para que tenhamos o máximo de suporte e urgência nos trâmites legais necessários para liberação do corpo ", divulgou Andréia Campanha, mãe da mineira.

A estudante estava em Buenos Aires desde agosto de 2014 para cursar medicina. Lá, ela dividia o apartamento com outras estudantes, que foram as responsáveis por fazerem os primeiros-socorros na mineira. Segundo a família, a universitária começou a passar mal no sábado (3), sendo que na manhã do dia seguinte foi encaminhada ao Hospital Fernadez, onde deu entrada com dores no corpo, febre e manchas na pele. Na unidade de saúde, porém, ela sofreu duas paradas cardíacas, não resistiu e morreu.

Como a causa da morte não foi esclarecida, o corpo da jovem está no Morgue Judicial, uma espécie de Instituto Médico Legal (IML), sendo periciado. Antes deste procedimento a liberação não é autorizada.  Além da mobilização para liberação do corpo, os amigos também tentam arrecadar uma quantia de aproximadamente US$ 4.600. O valor refere-se a despesa básica para o translado, que, por enquanto, não tem previsão de data para acontecer.

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