A mãe do bebê que foi encontrado em cima do telhado de um prédio em Pouso Alegre, no Sul de Minas, vai ser indiciada por tentativa de infanticídio. De acordo com a Polícia Civil, o delagado conluiu o inquérito e ele será remetido ainda nesta quarta-feira (4) ao fórum da cidade. Taynara Priscilla da Silva, de 22 anos, preferiu permanecer calada e só falar em juízo.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Renato Gavião, a mãe de Taynara prestou depoimento nessa terça-feira (9) e contou que acredita que a filha não sabia estar grávida. Segundo ela, a filha teria ido ao genecologista no mês de fevereiro para trocar de anticoncepcional e em julho ela e a filha mantiveram uma rotina de atividades físicas juntas. A avó da bebezinha encontrada no telhado ainda garante que a filha não teve alteração corporal com a gravidez, uma vez que ela sempre esteve acima do peso, segundo ela.
O namorado da adolescente também confirmou essa versão. Segundo ele, o casal ficou sem se eencontrar de janeiro a julho e, neste último mês, quando ele a viu não percebeu que ela pudesse estar esperando um bebê.
Taynara foi presa em flagrante na faculdade em que estuda, mas já foi liberada. Ela passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Pouso Alegre. Como foi constatado que Taynara sangrava bastante, já que havia dado a luz há pouco tempo, ela foi levada para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio.
Conforme informações da PC, restos de placenta e sangue foram encontrados no quarto e no banheiro do apartamento em que Taynara mora. Segundo a corporação, a suspeita havia se mudado recentemente para o local, onde morava com três moças. Essas mulheres afirmaram à polícia que perceberam que Taynara estava com uma barriga “saliente”, mas que não chegaram a comentar nada com a suspeita.
Relembre o caso
No dia dois de setembro, após escutar o choro de uma criança, uma vizinha da acusada, que mora na avenida Alfredo Custódio de Paula, no bairro Medicina, acionou a Polícia Militar (PM). Ao chegar ao local, os militares encontraram o bebê sem nenhuma roupa, em cima de um telhado de um prédio.
Em um dos apartamentos do prédio, a PM encontrou restos de placenta e vestígios de sangue. Por isso, logo foi levantada a suspeita de que o bebê seria de uma das moradoras do prédio. Para os militares, a menina foi colocada no telhado e não jogada, pois, provavelmente, ela não teria sobrevivido.