(Divulgação/Fhemig)
O boletim epidemiológico sobre a febre amarela divulgado nessa terça-feira (20), pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas, mostra que Mariana e Nova Lima continuam a ser os municípios com maior número de casos confirmados da doença desde dezembro do ano passado - foram 22 na cidade histórica e 20 na vizinha de Belo Horizonte. Mas a surpresa nos dados fica por conta de um município da Zona da Mata.
Juiz de Fora é a terceira cidade mineira com maior número de casos confirmados. São 15 registros da doença - entre eles, quatro pessoas morreram -, oito a mais do que havia sido divulgado no penúltimo boletim epidemiológico, divulgado no dia 15 deste mês. Isso não quer dizer que oito pessoas adoeceram em uma semana, já que resultados de exames levam tempos diferentes para ficarem prontos, mas é um dado alarmante para um município que está em uma região de Mata Atlântica, onde a doença tende a se disseminar.
De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, não há surto na cidade e a situação está sob controle, com 96% de cobertura vacinal. O trabalho de intensificação de imunização da população da cidade teve início já em 2017 e ações foram feitas logo após o primeiro caso, em janeiro de 2018. Houve horário especial nos postos de saúde e vacinação aos sábados no início do ano.
Entre moradores de Juiz de Fora infectados pela doença, estão pessoas que a pegaram fora da cidade e outras que adquiriram o virus dentro do município, que tem várias áreas de mata, uma extensa área rural e muitos bairros de condomínios fechados em meio à natureza.
Os pacientes são levados para os hospitais João Penido (da rede Fhemig) e Universitário (federal). Juiz de Fora também é o centro de uma Superintendência Regional de Sapude, ou seja, recebe pacientes com febre amarela de uma região com 37 municípios - sendo a maioria da Zona da Mata. Desde dezembro do ano passado, 36 pessoas contraíram febre amarela nesta região, sendo que 21 evoluíram para o óbito. Em todo o Estado, foram 222 casos confirmados, com 86 mortes.
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