Justiça manda Universidade de Viçosa suspender experimentos com cães

Hoje em Dia
13/11/2015 às 15:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:28
 (UFV/Divulgação)

(UFV/Divulgação)

A Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata mineira, terá que suspender experimentos científicos com 16 cães cedidos pelo canil municipal. A determinação é da Justiça mineira, que acatou pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Ministério Público Federal (MPF).

Segundo a ação, a experiência provocaria osteoartrite nos animais para avaliar a evolução da doença, o tratamento e, por fim, os cães estudados seriam sacrificados. O procedimento, contudo, contraria o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado para evitar tratamento de cães considerado cruel. O TAC também estabelece procedimentos para o uso científico de animais.

A reportagem do Hoje em Dia enviou mensagem para a UFV, mas ainda não obteve retorno sobre o caso.

Decisão

De acordo com o MPMG, a decisão determina que a UFV realize o tratamento médico dos cães e os devolva ao canil municipal. A partir de agora, os cães sadios apreendidos pelo munícipio devem ser encaminhados ao canil, para adoção, e não mais para experimentos científicos.

Experimento

O experimento científico até então realizado na instituição foi aprovado pela comissão de ética de uso de animais da UFV e consiste no desenvolvimento de osteoartrite em cães saudáveis para análise da eficácia de células tronco em seu tratamento e, ao final do experimento, prevê o sacrifício dos animais utilizados.

O TAC, porém, proibi a utilização de cães saudáveis do canil do Departamento de Veterinária (canil municipal) para experimentos científicos em casos que haja a necessidade de eutanásia ao final, prática somente autorizada em animais com moléstias significativas e indicativas de zoonoses. Segundo o MPMG, outras cláusulas do TAC não vinham sendo cumpridas.

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