Kalil dá ultimato para pôr fim à greve da educação infantil

Lucas Borges e Tatiana Lagôa
horizontes@hojeemdia.com.br
28/05/2018 às 18:42.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:19
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

Um mês e meio após o início da greve da educação infantil em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil deu um ultimato à categoria. Segundo o chefe do Executivo, ou os professores retornam às atividades na próxima segunda-feira ou a negociação volta à estaca zero. A declaração desagradou os profissionais, que prometem seguir com a paralisação. Haverá nova assembleia hoje para definir os rumos do movimento.

“Determinei que segunda-feira, quando a prefeitura voltar ao normal, se as professoras não voltarem para a sala de aula, para, depois de 24 horas, sentarem com o prefeito, a proposta de 20% de aumento, de subir quatro dos nove níveis que eles reivindicam há 14 anos, e de sentar em dezembro para uma nova negociação, vai ser retirada”, avisou Kalil.

Os docentes pedem equiparação do salário com os profissionais do ensino fundamental. Atualmente, quem trabalha nas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) tem uma remuneração inicial de R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. Os que lecionam para estudantes em níveis de escolaridade mais avançados recebem R$ 2.252,42.

“Se temos o mesmo nível de formação, porque somos menos valorizados? Queremos a unificação”, afirma a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede), Evangely Rodrigues. 

A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa o aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior. A medida valeria para quem não teve progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79.

A Prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio de assessoria, que novas negociações serão feitas apenas após o retorno das aulas. Acatar a reivindicação da categoria representaria um aumento de 55% na folha de pagamento e impacto de R$ 80 milhões por ano nos cofres municipais. Medida que seria “incompatível com a capacidade financeira da PBH”.


 

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