A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou um comunicado na tarde desta terça-feira (27) anunciando que o prefeito Alexandre Kalil determinou aos representantes das empresas de ônibus a contratação imediata de 500 cobradores, sem desvio de função e de maneira definitiva.
De acordo com o comunicado, todos os cobradores terão que ser contratados até o final de setembro. Foi acordado ainda que as listas dos contratados sejam enviadas semanalmente para acompanhamento e fiscalização da Comissão de Transporte da Câmara Municipal e da BHTrans.
A exigência foi feita numa reunião realizada na sede da prefeitura entre Kalil, representantes das empresas, o secretário municipal de Fazenda, Fuad Noman; o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão; o diretor-presidente da BHTrans, Célio Bouzada; e o diretor de Transporte Público, Daniel Couto.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) informou que foi convocado, na tarde desta terça-feira, "para uma reunião impositiva na Prefeitura de Belo Horizonte, e que vai acatar a determinação do prefeito Alexandre Kalil de contratar 500 novos agentes de bordo até o final de setembro".
Sem cobrador, sem aumento
No último sábado (24), o prefeito de BH afirmou à imprensa que não haveria reajuste nas tarifas de ônibus em Belo Horizonte se as empresas do transporte coletivo não retornassem com os cobradores. “Eu já disse: se não tiver trocador, não tem aumento”, disse Kalil, durante visita às obras do Campo do Cigano, no bairro Lagoa, em Venda Nova. As empresas reivindicam um reajuste no fim do ano para cobrir prejuízos.
“Agora, se eles descumprem o contrato de um lado, o prefeito se julga no direito de descumprir o contrato de outro. Nós temos que chegar em um termo. O serviço de transporte tem melhorado, não se emplaca mais ônibus em Belo Horizonte sem ar-condicionado e sem suspensão a ar”, disse Kalil.
A presença do cobrador é obrigatória nos horários de pico. Caso um ônibus seja flagrado por um agente da BHTrans sem o profissional, pode ser multado em R$ 688,51. De acordo com a empresa responsável pela fiscalização, 14 mil multas foram aplicadas às empresas de ônibus em BH de janeiro de 2018 a junho de 2019.