Lagoinha receberá centro de referência para morador de rua usuário de drogas

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
11/04/2018 às 12:54.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:17
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Um centro de referência da população de rua voltado ao atendimento a usuários de drogas será instalado no bairro Lagoinha, na zona Noroeste de Belo Horizonte. A medida faz parte de uma estratégia municipal de atenção e enfrentamento ao uso de substâncias psicoativas como o crack, muito recorrente na região. A ação foi anunciada nesta quarta-feira (11). 

A abertura da unidade, que deve atender cerca de 150 pessoas que vivem nas ruas e são usuárias de drogas, está prevista para o segundo semestre de 2018. Hoje, já existem outros dois centros na capital que fazem esse tipo de atendimento, mas este será o primeiro no Lagoinha. 

O centro oferecerá atendimento médico, clínico e social aos moradores de rua. Eles podem tomar banho, se alimentar, guardar pertences e realizar atividades lúdicas e ocupacionais.

Segundo a secretária de Assistência Social do município, Maíra Colares, a pasta prevê ainda a expansão da equipe de abordagem social nas ruas. “Vamos replicar um modelo que deu certo na regional Centro-Sul, incluindo pessoas com trajetória de vida nas ruas nas equipes e também arte-educadores”, diz. Ela estima que cerca de cem pessoas circulem e façam uso de drogas nas imediações da Lagoinha.

A criação do equipamento foi discutida em reunião na manhã desta quarta com presença das secretarias de Política Urbana e Assistência Social, além de representantes de Polícia Militar, Guarda Municipal e Ministério Público. 

“Nós vamos trabalhar com quatro eixos, o da segurança pública, o da assistência social e promoção da saúde, o da inclusão produtiva e o da requalificação do espaço público”, explica a secretária de Políticas Urbanas, Maria Caldas. De acordo com a representante, os viadutos da região também serão revitalizados com jardins, mas sem a instalação de pedregulhos ou grades que impeçam o acesso dos moradores de rua. 

“Nossa intenção é humanizar a abordagem desse problema que é sério. Nós não queremos construir uma cidade que expulsa as pessoas, mas uma cidade que possa incluir as pessoas com seus problemas”, afirma.

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