A limpeza da Lagoa da Pampulha, cartão-postal de Belo Horizonte que está tomada por lixo e esgoto, pode demorar mais do que o previsto. A pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a prefeitura suspendeu a licitação da empresa que faria o trabalho.
Conforme a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), um das empresas participantes questinou o certame e, por recomendação do TCE, que irá analisar o caso, o processo foi interrompido. O Executivo garantiu que providencia todas as respostas aos questionamentos. Enquanto isso, ainda não há previsão para volta do processo.
Em setembro deste ano, a PBH divulgou no Diário Oficial do Município (DOM) que o Consórcio Pampulha Viva havia vencido a licitação. Conforme a prefeitura, ela foi a única que apresentou o documento Declaração de Manutenção da Proposta. A expectativa, na ocasião, era de que o tralhado de recuperação da qualidade da água da Lagoa da Pampulha começasse em 60 dias.
Patrimônio Cultural da Humanidade
O Conjunto Moderno da Pampulha tenta alcançar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco. Apesar de confiante, a PBH revelou que terá muito trabalho pela frente.
Um dos empecilhos é justamente a despoluição da Lagoa da Pampulha, que, ainda hoje, recebe cerca de 80 litros de esgoto a cada segundo. Embora a prefeitura garanta que a sujeira do espelho d’água não influencie na decisão da Unesco, a degradação foi notada pela missão técnica, que solicitou, inclusive, uma visita à Copasa.
Diretor de Planejamento e Gestão de Empreendimentos da empresa, Ronaldo Matias esclareceu que, até o momento, 90% do esgoto que costumava ser lançado na lagoa foi desviado. A promessa é a de que, até o fim de 2016, esse percentual chegue a 95%.