Um canal exclusivo para o atendimento da população. Essa é uma das novidades das 86 bases móveis da Polícia Militar (PM) que, desde ontem, reforçam o patrulhamento nas ruas de Belo Horizonte. Cada veículo contará com um telefone para receber chamadas dos moradores da região.

As bases também contam com câmeras de vigilância e acesso ao Olho Vivo. São quatro militares: dois deles ficam na estrutura para registrar as ocorrências e uma dupla responsável pelo policiamento no entorno, em motocicletas. A cada quatro quilômetros, haverá uma van. Inicialmente, o funcionamento será das 14h às 0h. O investimento foi de R$ 20 milhões.

Um dos objetivos das bases, segundo a polícia, é criar “proximidade” com as pessoas. “Pode haver alguma adaptação no início, mas o objetivo é que sejam sempre os mesmos militares atendendo naquela região”, conta o chefe da Sala da Imprensa da PM, major Flávio Santiago. Segundo ele, os atendimentos feito pelo 190 continuarão normalmente. Os números de cada telefone disponível nas bases serão divulgados no site da corporação.

Ao todo, serão 344 policiais empenhados nas estruturas móveis. Grande parte desse efetivo foi realocada. Duzentos e seis militares foram retirados da área administrativa para reforçar o trabalho em campo.

Companhias

A chegada das bases móveis, no entanto, reacende o debate em torno do possível fechamento de algumas companhias da PM na capital. A proposta, que tem causado polêmica, está sendo avaliada. Segundo o coronel Helbert Figueiró de Lourdes, comandante-geral da PM mineira, o “recolhimento” de dez das 24 unidades existentes atualmente em BH está sendo analisado, mas, até o momento, não há uma definição. 

“Nada será decidido antes de dezembro. Reforço que não é fechamento, a sua administração pode ser recolhida, mantendo a edificação, com a presença da PM. A comunidade de Belo Horizonte pode ficar tranquila que nenhuma ação da PM será feita em desfavor dela”, disse Figueiró. Se a ação for concretizada, as companhias serão deslocadas para a sede dos batalhões. A definição de fechamento passa, também, pela análise do impacto das bases móveis na queda da criminalidade.

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