Médica do 'Bando da Degola" vai a júri nesta terça

Hoje em Dia
30/03/2015 às 20:30.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:27
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa - acusada de integrar o grupo criminoso que ficou conhecido como “Bando da Degola” - sentará nesta terça-feira (31) no banco dos réus. O julgamento está marcado para começar às 8h30.   Gabriela será julgada pelos crimes de homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e também formação de quadrilha. A acusação é que ela integrava um grupo que teria matado dois empresários no bairro Sion, em Belo Horizonte, em abril de 2010.   A sessão será realizada no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte e será presidida pelo juiz titular Glauco Eduardo Soares Fernandes. O promotor Francisco Santiago sustentará a acusação, representando o Ministério Público. A médica será defendida pelos advogados José Arthur Di Spirito Kalil, Frederico Gomes de Almeida Horta e Raphael Silva Pires. Estão previstas uma testemunha de acusação e quatro de defesa.   Entenda o caso   Segundo a denúncia do Ministério Público, os empresários assassinados, Rayder Rodrigues, de 39 anos, e Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, estavam envolvidos em estelionatos e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, nas quais eram movimentadas grandes quantias em dinheiro.   A promotoria alega que o garçom Adrian Gabriel Grigorcea foi o responsável por atrair o genro, Rayder Rodrigues, de 39 anos, ao apartamento de Frederico Costa Flores Carvalho. Frederico é apontado como o líder do Bando da Degola. O dono do imóvel e dois ex-policiais militares, André Bartolomeu e Renato Mozer, amarram e torturam Rayder para conseguir informações sobre contas bancárias das lojas dele.   O sócio de Rayder, Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, também foi levado ao apartamento. Ambos foram assinados no local. As vítimas ainda tiveram os dedos e cabeças cortados, para dificultar a identificação. Os corpos foram jogados em uma estrada em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH.   No dia seguinte, de acordo com o MP, os réus se reuniram para limpar a cena do crime e realizar um churrasco no apartamento.    Condenações   Cinco envolvidos nesses homicídios já foram condenados. O líder do bando, Frederico Flores, foi julgado em setembro de 2013 e sentenciado a 23 anos de reclusão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáveres e formação de quadrilha.    O ex-policial militar Renato Mozer e o estudante Arlindo Soares Lobo também já foram condenados a penas de 59 e 44 anos de prisão, respectivamente. O garçom norte-americano Adrian Gabriel Grigorcea foi condenado, em 14 de julho deste ano, a 30 anos de prisão por dois homicídios triplamente qualificados e formação de quadrilha.    O pastor Sidney Eduardo Benjamim foi julgado em setembro deste ano e sentenciado a três anos de reclusão em regime aberto. Será julgado ainda o policial André Luiz Bartolomeu, em 29 de janeiro de 2015.    O advogado Luiz Astolfo Sales Bueno é o único que ainda falta a ser julgado, o que está agendado para ocorrer em 17 de junho de 2015.

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