Mãe que matou filho e escondeu corpo no sofá é julgada pela segunda vez em Ibirité

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
27/06/2017 às 09:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:16
 (Reprodução/Facebook)

(Reprodução/Facebook)

Começa, na manhã desta terça-feira (27), o segundo julgamento da ré Marília Cristiane Gomes, de 21 anos. Ela é acusada de matar o próprio filho, Keven Gomes Sobral, de 2 anos, e esconder o corpo em um sofá. O crime ocorreu em julho de 2014, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Marília Gomes havia sido condenada a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Na época, a defesa da mãe do garoto alegou insanidade mental, pedindo a anulação do júri. O pedido foi concedido e o novo julgamento marcado.

Nesta terça-feira, o júri é presidido pela juíza Daniela Cunha Pereira, da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais e acontece na Câmara Municipal de Ibirité. A expectativa é a de que o julgamento dure uma média de 15 horas. Está prevista para serem ouvidas dez testemunhas do caso.

Ainda de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Marília Gomes aguardou o novo julgamento presa na Penitenciária Estevão Pinto, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte.

Confissão.

O corpo do garoto Keven foi localizado pela Polícia Civil três dias depois de ter sido considerado desaparecido. Na época, a mãe do garoto confessou o crime, alegando ter pedido a paciência ao ver o filho mexer no aparelho celular.

Relembre o caso.

Kevin foi morto em 24 de julho do ano passado. O corpo foi encontrado no sofá dos tios da criança. A mãe do menino assumiu a autoria do crime quatro dias após o corpo ser encontrado.

Segundo a Polícia Civil, Marília foi ouvida ao lado do marido e pai da criança, Cláudio Ribeiro Sobral, de 31 anos, durante a tarde e chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do garoto.

Ela, inclusive, chegou a ir até a Delegacia de Desaparecidos em Belo Horizonte para pregar cartazes com a foto da criança, com o objetivo de distribuí-los, tentando despistar o crime.

Logo após, foi até o Hospital Municipal de Ibirité, pois estava se sentindo mal. Ela foi medicada e, ao ser liberada, foi para casa.

Os tios do menino estavam em viagem ao Norte de Minas quando souberam do desaparecimento de Kevin. Somente quando eles voltaram, quase uma semana depois do crime, é que o corpo foi encontrado já em estado de putrefação.

Em depoimento, Marília disse à polícia que estava em casa, lavando roupas quando o garoto tentou usar o seu celular. Ela teria tirado o celular das mãos de Kevin, mas, segundo ela, a criança teria revidado lhe dando alguns tapas. Irritada, após repreender o menino, Marília teria pego o garoto pelos dois braços e o jogado na cama.

Foi neste momento que a criança teria batido com a cabeça na parede. A suspeita alegou ainda que Kevin ficou com a boca roxa e uma secreção esbranquiçada começou a sair da boca dele. Marília ficou assustada com o ocorrido e, no desespero, enrolou o seu filho em um lençol, o levou para a casa dos tios e o colocou dentro do sofá.

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