A Justiça mineira condenou a sete anos de prisão o empresário Thales Emanuelle Maioline, conhecido como "Madoff mineiro" por usar o golpe da pirâmide financeira semelhante ao aplicado pelo norte-americano Bernard Madoff. Ele foi o principal responsável por causar prejuízos financeiros a centenas de investidores, em aproximadamente 14 cidades brasileiras. Ainda conforme a decisão, Maioline vei ter que pagar 113 dias-multa pelos crimes de obtenção de vantagem ilícita e de falsificação. Além disso, seus bens, incluindo veículos, imóveis e valores financeiros bloqueados em bancos, foram apreendidos e ficarão à disposição da Justiça do Trabalho. Segundo o juiz Milton Lívio Lemos Salles, Maioline arquitetou e executou um empreendimento no sentindo de captar ilicitamente recursos “de considerável número de pessoas, atraídas pela falaciosa promessa de vultosos e seguros rendimentos”. Ele também chegou a remeter dinheiro para o exterior, comprovando a intenção de ocultar o crime. “Não se pode perder de vista a informação da existência de US$ 212 mil em conta criada por ele no Principado de Liechtenstein”, disse. Golpe Thales Maioline, que era sócio da Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros Ltda, foi preso em dezembro de 2010, mas está solto desde junho de 2012. Ele responde a mais de cem processos na área cível, além de estelionato, formação de quadrilha e uso de documento falso. O esquema financeiro criado pelo "Madoff mineiro" durou de 2006 até junho de 2010 e, por meio dele, Maioline obteve vantagem de cerca de R$ 100 milhões. A base do golpe era a promessa de ganhos fáceis a clientes de cerca de 14 cidades mineiras. Para atrair as vítimas, o empresário oferecia cotas de participação por meio do intitulado Fundo de Investimento Capitalizado (Ficap). As cotas variavam entre R$ 5 mil e R$ 5 milhões, com investimento mínimo de R$ 2,5 mil. O fundo prometia rentabilidade de 5% ao mês, bem superior à média do mercado, e causou prejuízos a mais de 2 mil investidores.