Mais de 70% da população de Ewbank da Câmara fica sem água por causa da estiagem

Thais Oliveira - Hoje em Dia
22/01/2015 às 17:13.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:45

A estiagem prolongada que vem atingindo a cidade de Ewbank da Câmara, na Zona da Mata, fez com que mais de 70% da população ficasse sem água por pelo menos quatro dias. Os níveis dos mananciais Cachoeirinha, Grota da Pedra e Colônia de São Firmino abaixaram tanto que os reservatórios ficaram totalmente secos no início desta semana, provocando o desabastecimento em vários bairros do município de quase 4 mil habitantes. Atualmente, o fornecimento de água é feito pela prefeitura.    A situação alarmante, porém, não é novidade, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal, Leandro Oliveira. “O problema se arrasta há mais de 10 anos por falta de investimento dos mandatos anteriores”, afirmou. Para amenizar o problema, Oliveira informou que a prefeitura providenciou a perfuração de dois poços artesianos. “Está em processo a licitação para contratar mão de obra e materiais para levar a água dos poços ao centro de tratamento”.   Segundo Oliveira, um caminhão-pipa tem sido usado para abastecer os reservatórios. “Mas a medida não tem resolvido o problema, por isso, a prefeitura emitiu uma circular para a população pedindo que use água racionalmente”. De acordo com ele, atitudes simples como evitar lavar calçadas e carros, manter a torneira fechada durante a escovação dos dentes e tomar banhos mais rápidos ajudam a economizar água.   Paralelamente às medidas paliativas, a administração municipal negocia a contração da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Conforme o coordenador da Defesa Civil, com os investimentos que poderão ser feitos pela companhia, Ewbank da Câmara poderá sair da lista de municípios afetados severamente pela seca.    Outros casos   A partir desta quarta-feira (21), os moradores de Viçosa, na região da Zona da Mata, enfrentam novo rodízio de abastecimento de água. A decisão foi tomada após o prefeito Ângelo Chequer decretar novo estado de emergência devido à estiagem prolongada enfrentada pelo município.  Com isso, a população tem água potável somente nos horários estabelecidos. Conforme a prefeitura, os níveis de água acumulada nas bacias que abastecem a cidade estão diminuindo e as previsões meteorológicas indicam baixo índice de chuvas para os próximos meses.    A cidade de Ouro Preto, na região Central do Estado, iniciou um esquema de racionamento de água na última segunda-feira (19). Conforme o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), a decisão foi tomara após a baixa dos níveis de água nos mananciais do município provocada pela “intensa estiagem e o aumento das temperaturas”. Para enfrentar o quadro, o Semae criou uma escala para que a população saiba quais os dias e horários em que o serviço de distribuição de água ocorrerá.    Em Ubá, na Zona da Mata, a Copasa começou a fazer manobras operacionais para garantir o abastecimento de água na semana passada. Essa não é a primeira vez que a estiagem afeta o fornecimento de água da cidade. No ano passado, as medidas também precisaram ser tomadas em setembro e outubro, quando os níveis dos córregos Miragaia e Peixoto Filho, nos quais é feita a captação, ficaram baixos.   A falta de água provocada pelo período de estiagem prolongada fez com que a cidade de Brasília de Minas, no Norte de Minas Gerais, decretasse situação de emergência no último dia 12. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o município de Francisco Badaró, na região do Vale do Jequitinhonha, também decretou situação de emergência em 14 de janeiro.

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