Mal acabou o Carnaval oficial e foliões já planejam a programação de fim de semana em Belo Horizonte

Ana Júlia Goulart
agoulart@hojeemdia.com.br
14/02/2018 às 20:09.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:21
 (Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)

Folia para quem chegou na metrópole depois da farra, para quem trabalhou e não conseguiu aproveitar e até mesmo para aquele que não deseja que o reinado de Momo termine. Até domingo, bloquinhos de Carnaval ainda se apresentam e reforçam a máxima de que a festa alcançou outro patamar na capital. Pelo menos 14 eventos estão previstos.

Quatro grupos desfilaram ontem pelas ruas da região Centro-Sul. Anfitrião dos blocos, o Quando Come Se Lambuza aposta na folia o ano inteiro. “A tendência é só crescer, e essa edição provou isso. Agora é pré-Carnaval, Carnaval, pós-Carnaval”, disse o fundador André Melado.

Maria Fernanda Pimenta, de 21 anos, chegou dos Estados Unidos e pousou direto na folia. Acompanhando a distância o evento na cidade, ela queria vivenciar a festa. “Fui a caráter. Não é porque oficialmente acabou que preciso ignorar as fantasias. A farra está só começando para mim”.

De amanhã até domingo, pelo menos 14 eventos, dentre festas fechadas e encontro de blocos, serão realizados em Belo Horizonte

Descentralização

Em meio aos eventos de saideira, o presidente da Belotur, Aluizer Malab, disse que o grande desafio da administração municipal é descentralizar os festejos. Neste ano, os trabalhos já começaram a ser feitos, mas o fluxo de foliões ainda esteve concentrado nas regiões Centro-Sul e Leste da capital.

“Já teve um avanço na descentralização estimulada por nós, com diálogo, mas tem como chegar mais nas outras regionais e tirar um pouco das que estão muito sobrecarregadas”, afirma Malab, lembrando que uma das novidades em 2018 foi o investimento em palcos descentralizados.

Questionado sobre as reclamações recorrentes da falta de banheiros químicos, Malab disse que a logística é o principal desafio da gestão de um Carnaval com mais de 3 milhões de pessoas. “Me pergunto se BH está preparada em relação a equipamentos, preparada para atender a estrutura do Carnaval por muito tempo, incluindo a programação privada. Digo que não, a cidade está operando no limite em várias coisas. Temos que trabalhar isso de forma mais planejada, inteligente, na conta dos recursos que temos”.

Crimes

Segundo a Polícia Militar, o Carnaval deste ano foi mais seguro e com queda nas estatísticas criminais em Minas. Balanço parcial aponta redução de 40% nos furtos, em relação à festa de 2017. Os dados completos devem ser divulgados hoje. No entanto, 4 mil pessoas foram conduzidas suspeitas de praticar algum delito. O destaque maior foram os furtos de celulares, correntinhas, anéis e dinheiro.

Colaboraram Filipe Motta, Cinthya Oliveira e Gabriela SalesEditoria de Arte

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