(Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)
Folia para quem chegou na metrópole depois da farra, para quem trabalhou e não conseguiu aproveitar e até mesmo para aquele que não deseja que o reinado de Momo termine. Até domingo, bloquinhos de Carnaval ainda se apresentam e reforçam a máxima de que a festa alcançou outro patamar na capital. Pelo menos 14 eventos estão previstos.
Quatro grupos desfilaram ontem pelas ruas da região Centro-Sul. Anfitrião dos blocos, o Quando Come Se Lambuza aposta na folia o ano inteiro. “A tendência é só crescer, e essa edição provou isso. Agora é pré-Carnaval, Carnaval, pós-Carnaval”, disse o fundador André Melado.
Maria Fernanda Pimenta, de 21 anos, chegou dos Estados Unidos e pousou direto na folia. Acompanhando a distância o evento na cidade, ela queria vivenciar a festa. “Fui a caráter. Não é porque oficialmente acabou que preciso ignorar as fantasias. A farra está só começando para mim”.
Descentralização
Em meio aos eventos de saideira, o presidente da Belotur, Aluizer Malab, disse que o grande desafio da administração municipal é descentralizar os festejos. Neste ano, os trabalhos já começaram a ser feitos, mas o fluxo de foliões ainda esteve concentrado nas regiões Centro-Sul e Leste da capital.
“Já teve um avanço na descentralização estimulada por nós, com diálogo, mas tem como chegar mais nas outras regionais e tirar um pouco das que estão muito sobrecarregadas”, afirma Malab, lembrando que uma das novidades em 2018 foi o investimento em palcos descentralizados.
Questionado sobre as reclamações recorrentes da falta de banheiros químicos, Malab disse que a logística é o principal desafio da gestão de um Carnaval com mais de 3 milhões de pessoas. “Me pergunto se BH está preparada em relação a equipamentos, preparada para atender a estrutura do Carnaval por muito tempo, incluindo a programação privada. Digo que não, a cidade está operando no limite em várias coisas. Temos que trabalhar isso de forma mais planejada, inteligente, na conta dos recursos que temos”.
Crimes
Segundo a Polícia Militar, o Carnaval deste ano foi mais seguro e com queda nas estatísticas criminais em Minas. Balanço parcial aponta redução de 40% nos furtos, em relação à festa de 2017. Os dados completos devem ser divulgados hoje. No entanto, 4 mil pessoas foram conduzidas suspeitas de praticar algum delito. O destaque maior foram os furtos de celulares, correntinhas, anéis e dinheiro.
Colaboraram Filipe Motta, Cinthya Oliveira e Gabriela SalesEditoria de Arte