O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) fez manifestação no início da noite desta quinta-feira (30) e deixou o trânsito muito lento na Praça Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte. De acordo com a BHTrans, o grupo saiu da Praça da Assembleia por volta das 14h, depois foi em direção ao centro da cidade, passando pela rua Bahia até chegar às avenidas Bias Fortes e Álvares Cabral. De acordo com o MAB, depois o grupo retormou para a praça da Assembleia.
Em frente à sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), eles fizeram uma reunião do Comitê Interfederativo (CIF), órgão que tem a função de fiscalizar e validar as ações de reparação dos danos sociais e ambientais em função do rompimento da barragem da Samarco, Vale e BHP Billiton.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) cobra dos Governos de Minas Gerais, Espírito Santo e União uma postura em defesa dos atingidos. "Até agora nossos representantes só foram pautados pelas demandas das mineradoras. Ou seja, o órgão que deveria fiscalizar e o causador da tragédia ditam as regras do jogo. É lamentável vermos os governos ao lado das empresas. Exigimos que os criminosos fiquem longe das vítimas”, afirma Regiane Lordes, militante do MAB na Bacia do Rio Doce.
Os atingidos pela barragem de Fundão no Espírito Santo também participam. "Estamos em Belo Horizonte para exigir da CIF o reconhecimento dos atingidos das comunidades do litoral do Espírito Santo. Sabemos do poder de decisão do Comitê. Temos centenas de pescadores sobrevivendo com ajuda de familiares. Isso não é segredo, basta ir a alguma comunidade e ver a situação dos caiçaras,” ressalta militante do MAB na região.
Motofretista
Mais cedo, um grupo de motofretistas também protestou. Eles se reuniuram na rua Curitiba, no Centro da cidade, depois seguiram pela avenida Afonso Pena e pararam em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, onde abriram faixas de protesto contra os aplicativos de motos com entrega de mercadorias. Eles chegaram ainda a fechar uma pista da avenida.Sindimotocicli/MG / N/AOs motofretistas percorreram as ruas da capital
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas e Ciclistas de Minas Gerais ( Sindimotocicli-MG), a categoria vem amargando prejuízos. Entre as queixas, está a ação de algumas empresas que estão contratando motoboys sem a moto com a placa vermelha. Com isso, o Sindicato cobra mais fiscalização por parte da prefeitura.
A reportagem procurou pela PBH, que não se pronunciou a respeito das reivindicações.
A Polícia Militar informou que as duas manifestações foram tranquilas. Não houve registro de ocorrências.