MEC normatiza prazo para alfabetizaçãoo até os 8 anos

Raquel Ramos - Do Hoje em Dia
15/11/2012 às 07:47.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:18
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

A escrita e a leitura são habilidades facilmente aprendidas por crianças em fase escolar. Agora, no entanto, o Ministério da Educação (MEC) impôs uma idade-limite para que as competências sejam dominadas pelos alunos.


Com o lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, na semana passada, o governo federal firmou com estados e municípios a meta de alfabetizar os estudantes até os 8 anos, ao fim do terceiro ano do ensino fundamental.
Para isso, mais de R$ 600 milhões serão investidos em programas de formação e aperfeiçoamento de educadores, material didático e avaliações.




Apesar do esforço para alcançar o objetivo, a idade estipulada pela iniciativa não corresponde à realidade das escolas, uma vez que a alfabetização formal começa no primeiro ano do ensino fundamental, quando as crianças estão com 6 anos.
“Essa é a idade normal. Com base na minha experiência, sei que um problema emocional ou um contexto familiar conturbado pode atrasar o aprendizado. Mas, ainda assim, antes do fim do ano letivo, todos já conseguem interpretar o que estão lendo”, afirma a professora Juliana Gregori, do Colégio Arnaldo.
Foi o que aconteceu com David Matos que, com 7 anos recém-completados, lê e escreve muito bem. “O aprendizado começou aos 5 anos. Hoje, a leitura é fluente, mas ele ainda comete alguns erros na ortografia, como a troca das letras ‘g’ e ‘j’”, conta a mãe, Muriele Matos Eller.
Os deslizes do garoto, no entanto, são aceitáveis e, pelo ritmo do aprendizado, ela acredita que em pouco tempo a alfabetização estará consolidada.




Da mesma forma, Rafaela Coelho, de 7 anos, foi alfabetizada cedo e, para isso, contou com o incentivo dos pais.
“Em casa, sempre demos livros para ela. Nas ruas, a brincadeira era descobrir as letras das placas. Aos poucos ela aprendeu a ler, foi muito natural”, conta a mãe, Renata Pinto Coelho.
A experiência das crianças é semelhante a de todos os alunos da turma, segundo a professora Juliana Gregori.



“Acredito que as crianças que chegam ao segundo ano do ensino fundamental sem essa habilidade foram prejudicadas por uma falha no processo educativo”, diz.

 

 

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