(Flávio Tavares)
O trabalho para tornar real o sonho do “Globe Theatre Brasileiro” começou há cinco anos pelas mãos de Mauro Maya, fundador da produtora Arte Brasil. Ele viajou a Londres várias vezes, nos últimos anos, até ganhar a confiança dos ingleses que pretendem levar réplicas do teatro a outros países.
A conquista da chancela do Shakespeare Theatre para que a Arte Brasil promova a reconstrução do templo ocorreu no ano passado. Um convênio foi assinado, tornando Maya representante da associação shakespeariana na América Latina.
“Não é só a realização de um sonho. É a expansão da obra de Shakespeare e uma chance única de promovermos um intercâmbio cultural e artístico entre Brasil e Inglaterra. É um feito para o nosso país”, afirma o produtor cultural.
A inauguração do teatro está prevista para 2016, ano do 400º aniversário de morte de Shakespeare.
Para a realização da empreitada, serão necessários vários patrocinadores e a captação de R$ 98 milhões em recursos.
Certo
Questionado se a obra faraônica não corre o risco de ficar só no papel, Maya é enfático: “Não há a menor possibilidade de o projeto não sair. Já temos parcerias firmadas com cinco empresas internacionais e três nacionais. Desde que o assunto veio à tona, somos procurados com frequência por outros interessados. O valor final é alto, mas dividido entre os atuais investidores, em parcelas anuais, será pequeno”.
Cauteloso, o secretário de Cultura de Rio Acima, Eli Gouveia, lembra que toda grande empreitada requer também muita responsabilidade. Ele sabe das carências da cidade e da necessidade de melhorias para receber o complexo cultural.
“Precisamos de novas pousadas e restaurantes, por exemplo. Temos três anos para nos preparar e pensar em formas de aprimorar a receptividade dos futuros turistas”.
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