Quem mora em condomínio, onde o custo d'água é divido entre os moradores, dificilmente sabe o quanto é consumido no próprio apartamento. Mesmo porque, quando não pesa no bolso, a água, literalmente, costuma ir por ralo abaixo. Para controlar o gasto d´água para não pagar pela conta do vizinho e saber se está economizando em um momento de crise, a Prefeitura de Belo Horizonte sancionou uma lei que obrigada a instalação de hidrômetro individual nos projetos das edificações comerciais ou residenciais com mais de três andares. A instalação também será obrigatória para os novos edifícios com mais de seis moradias. A lei foi publicada na última edição do “Diário Oficial do Município” (DOM).
De acordo com o texto do projeto 568/2013, do vereador Wellington Magalhães, do qual a lei foi originada, a medição individualizada pode gerar uma economia em até 25%, em média, do consumo de água. Além da economia direta com a conta, a lei também pretende reduzir a inadimplência: um problema comum nos prédios é o corte de fornecimento de todo o edifício quando alguns condôminos não pagam a conta. A medida ainda facilita a identificação de vazamentos.
A instalação de hidrômetros individuais não irá dispensar a medição do consumo global, para apuração do consumo da área comum da edificação. O medidor individual, segundo a lei, deverá ser instalado em local de fácil acesso para leitura, manutenção e conservação. A gestão do consumo de água poderá ser feita pela Copasa ou por empresas privadas. De acordo com o texto, a fiscalização da obrigatoriedade prevista na lei ficará à cargo do órgão responsável pela obtenção de certidão de baixa e habite-se, ou em qualquer tempo a se julgar necessária. O Executivo terá 180 dias para regulamentar a lei.