Mercado Distrital de Santa Tereza vai abrigar escola do Senai

Danilo Emerich e Fernando Zuba - Do Hoje em Dia
01/09/2012 às 07:35.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:56
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Nem centro cultural, nem revitalização. Desativado e ocioso há cinco anos, o Mercado Distrital de Santa Tereza, localizado na região Leste de Belo Horizonte, dará espaço a uma escola de ensino profissionalizante, com cursos voltados para o mercado automotivo.

O contrato entre a prefeitura e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) deve ser assinado até o fim do ano. A proposta é oferecer 4 mil vagas, com início das atividades em 2014.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento, Marcello Faulhaber, o dinheiro da adequação do local será investido pelo Senai. A prefeitura apenas cederá o imóvel. Ele diz que um percentual das vagas será preenchido por alunos do ensino público municipal.

"Para o Senai poder construir a escola deles no mercado, haverá a contrapartida de uma espaço de lazer, pista de skate e de cooper, bicicletário, equipamentos esportivos, playground e teatro de arena para atender os moradores do bairro", diz Marcello.

Comunidade em alerta

A notícia de mais um projeto de revitalização do Mercado de Santa Tereza deixa em alerta o vice-presidente da associação de moradores do bairro, Iano Silp. Ele diz que a proposta é bem-vinda, no entanto, afirma, é preciso melhorias de infraestrutura na região para atender a população. "Há poucas linhas de ônibus no bairro e o impacto no trânsito será grande".

Silp lembra que nem todos os moradores do bairro são a favor da escola, mas espera que agora haja uma definição sobre o que será feito com o mercado. Já foi cogitada a instalação de um centro cultural, que não vingou.

A aposentada Helena Felício Rego Palhares, de 64 anos, mulher de José Palhares, antigo feirante falecido há dois anos, aprova a ideia de uma escola. "Tenho paixão pelo mercado", conta.

Festa polêmica

O mercado foi alvo de polêmica em 2010, quando o espaço, que um dia já foi ponto de encontro e referência da cultura e da culinária, foi cedido para que a torcida do América festejasse a conquista de uma vaga na série A do Campeonato Brasileiro.

Na época, o então administrador da Regional Leste, Pier Giorgio Senesi Filho, disse que a discussão sobre o destino do mercado estava bem avançada.


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