Minas é campeão Sul-Americano de vôlei feminino

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
24/02/2018 às 18:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:33
 (MInas/Twitter/Divulgação)

(MInas/Twitter/Divulgação)

Em um jogo emocionante, Minas conquistou o tricampeonato Sul-Americano de vôlei feminino ao vencer neste sábado (24) a equipe do Sesc/Rio, do técnico Bernardinho, por 3 sets a 2. As parciais foram de 25x23, 22x25, 25x23, 15x25 e 15-9. O jogo foi realizado na Arena JK, na capital mineira. Com a vitória, a equipe mineira se classificou para o mundial da categoria, que será realizado na China ainda neste ano. 

A seleção do campeonato foi dominada pelas jogadoras da Camponesa/Minas. As melhores ponteiras foram a minastenista Pri Daroir e Drussyla, do Sesc-RJ. Juciely e Mayhara, também da equipe carioca, levaram o prêmio de melhores centrais. Macris foi a melhor levantadora, enquanto Léia, a melhor líbero. A oposta do campeonato foi Holly, do Regatas Lima, do Peru. A melhor jogadora do campeonato (MVP) foi a capitã Carol Gattaz. Na final, ela foi o nome da partida e uma das responsáveis pelo título.

A capitã minastenista disse que não conseguiu dormir e destacou que pensou no jogo a noite toda. “Não consegui dormir de ansiedade. Pensei no jogo a noite toda e no que a gente precisava fazer para vencer o Rio, que destaco sempre: é um time a ser batido! Hoje, felizmente, conseguimos fazer tudo certo e garantimos o título. Comentemos alguns errinhos, que são normais durante os jogos, mas, a união da nossa equipe, fez a diferença. Tivemos a baixa da Hooker e Mayany, nesta semana, mas conseguimos preencher as posições delas. Digo e repito: a união do nosso time, ganhou o campeonato”, comemorou a melhor jogadora do Sul-Americano Feminino de Clubes 2018.

O técnico Stefano Lavarini comemorou a vitória e também destacou a união da equipe. “O nosso time está muito unido. Se uma jogadora erra, a outra ajuda a corrigir e, assim, ganhamos o título. Estou muito feliz por ver que o time está fazendo o que a gente treina. Trabalhamos muito forte e estamos colhendo os frutos. E não acabou. Vamos voltar aos trabalhos que a Superliga continua”, destacou Lavarini.Orlando Bento/MinasTC / N/A


A decisão
O jogo começou com o Sesc-RJ melhor. A equipe carioca abriu vantagem e permaneceu à frente até o 16º ponto. A partir daí, o jogo se equilibrou. O time minastenista empatou nos 21, quando o técnico carioca pediu tempo. Depois, o Sesc-RJ conseguiu mais dois pontos (21/23). Em um erro carioca, Stefano Lavarini colocou Karol Tormena para sacar. A jovem ponteira emplacou uma sequência de saques, e a Camponesa/Minas abriu o marcador, de virada: 25/23.

No segundo set, a equipe minastenista abriu vantagem no início (5/1). Carol Gattaz e Mara formaram um verdadeiro paredão e seguraram o ataque carioca. O Sesc-RJ conseguiu equilibrar e empatou o set (14/14). Os dois times se revezaram na liderança do placar, mas, no fim, após algumas falhas na recepção, a equipe carioca empatou o jogo em 1 a 1: 25/22.

No terceiro set, mais equilíbrio. O ataque minastenista foi muito eficiente e deu trabalho à defesa adversário. O bloqueio também funcionou bem. No embalo da torcida minastenista, que coloriu as arquibancadas com as camisas laranja, cores da Camponesa, o time respondeu em quadra e conseguiu desempatar o set: 25/23.Orlando Bento/MinasTC / N/A


No quarto set, o Sesc-RJ foi melhor e contou com algumas falhas de recepção da equipe minastenista. Mesmo assim, as minastenistas deram raça em quadra, mas não conseguiram evitar a derrota: 25/15. Jogo empatado, 2 sets para cada lado.

No tie-break, haja coração. A Camponesa/Minas dominou o Rio de Janeiro desde o início. A torcida minastenista foi a força extra que o time precisava. Em quadra, um show no ataque e na defesa e, no fim, o grito de campeão soou alto. Camponesa/Minas 15 a 9 na equipe do técnico Bernardinho.

Histórico
O Minas disputou o primeiro Campeonato Sul-Americano Feminino de Clubes, em 1976, quando foi vice-campeão. Naquela decisão, o time minastenista foi derrotado pelas argentinas do Gimnásia Y Esgrima, derrotadas pela equipe mineira nessa sexta-feira, na semifinal.

Na temporada 1992/93, a equipe minastenista, denominada L'acqua di Fiori/Minas, venceu a Liga Nacional de Vôlei, foi vice-campeã sul-americana e, ainda, vice-campeã mundial, na Itália, ao ser superada, na final, pelo forte Teodora Messagero Ravenna, por 3 sets a 0 (16/14, 15/13 e 16/14).

O bicampeonato
Já denominada MRV/Minas, o time mineiro entrou de vez para a história em nosso continente. Nos anos de 1999 e 2000, a equipe minastenista subiu ao alto do pódio. O primeiro título veio para Belo Horizonte após vitória azul e branca diante do Deportivo Sipesa, na final disputada na cidade de Cochabamba, na Bolívia. Já o bicampeonato foi conquistado sobre o BCN/Osasco, hoje, chamado de Vôlei Nestlé. A final foi disputada em Joinville (SC).

Classificação geral
1º lugar – Camponesa/Minas
2º lugar – Sesc-RJ
3 º lugar – Club Regatas Lima (PER)
4º lugar – Gimnásia y Esgrima de La Plata (ARG)
5º lugar – Club Atlético Boca Juniors (ARG)
6º lugar – Universitario San Simón (BOL) 

Ficha técnica
Camponesa/Minas: Macrís, Rosamaria, Carol Gattaz, Mara, Newcombe, Pri Daroit e a Léia (líbero). Entraram: Karol Tormena, Hooker, Karine e Natália. Técnico: Stefano Lavarini.
Sesc-RJ:  Roberta, Monique, Drussyla, Gabi, Mayhara, Jucyele e Fabi. (líbero). Entrou: Peña, Carol Leite, Kasiely. Técnico: Bernardo Rezende .
Árbitros: Jaimes Castillo, do Peru, e Mauricio Lueges, da Argentina.
Público: 2.575 torcedores

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