Minas perde 38% das cidades com potencial turístico

Júnia Ramos
horizontes@hojeemdia.com.br
12/07/2016 às 14:17.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:16
 (Embratur/Divulgação)

(Embratur/Divulgação)

Minas Gerais passou a ter 285 cidades classificadas como turísticas pelo governo federal. Mapa do Turismo Brasileiro divulgado nesta terça-feira (12) mostrou que os novos critérios adotados para que o município permaneça na lista podem ter influenciado no resultado. No último levantamento do Ministério do Turismo, de 2013, havia 466 cidades do Estado. A queda foi de 38%.

Por meio da assessoria de imprensa, a pasta informou que os novos critérios avaliados foram a existência de um órgão que gerencie o turismo na cidade, recursos para o setor previstos na lei orçamentária anual e a assinatura de um termo de compromisso com o ministério.

Embora num primeiro momento a queda do número de cidades mineiras no mapa cause um impacto negativo, o secretário-adjunto de Turismo do Estado, Gustavo Arrais, afirma que a mudança foi positiva. Para ele, o potencial turístico vem do mercado e não das associações e do governo. “As cidades que não entraram no mapa não estão definitivamente excluídas. Elas podem entrar novamente. Será feito um trabalho de fomento em cima delas”. 

2.175 cidades brasileiras passaram a integrar o Mapa do Turismo; o levantamento de 2013 classificava 3.345, uma queda de 35%

Estímulo

Anderson Rocha, presidente do Belo Horizonte Convention e Visitors Bureau, acredita que a queda do número de cidades com potencial turístico verificada em todo o país é um estímulo para a profissionalização do setor.

Apesar de não ter tido acesso aos critérios utilizados pelo Ministério do Turismo para compor o mapa, ele afirma se tratar de um processo natural. “Não é algo que abale a política pública de Minas na área. Vejo como uma readequação que precisa ser melhor avaliada e pode ser até mesmo um estímulo para alguns municípios buscarem essa reaquilificação”, observa Anderson.

Ferramenta

O Mapa do Turismo é uma ferramenta de gestão, que permite direcionamento de políticas públicas para o setor, permitindo a aplicação de recursos onde há possibilidade de maior ganho para a área. 

Para o ministro interino do Turismo, Alberto Alves, o redimensionamento contribui para melhorar a capacidade do Ministério do Turismo de atuar de forma coordenada. “Com um mapa mais enxuto e que retrata de forma mais fiel a oferta turística brasileira, poderemos focar nossos esforços e otimizar nossos resultados”, afirmou.

Com agências

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