Minas tem 828 projetos científicos selecionados para receber apoio financeiro

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
05/11/2014 às 07:58.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:54
 (Divulgação)

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Cada vez mais aplicadas na prática e atendendo a demandas industriais, as pesquisas universitárias vêm sendo consideradas uma das principais fontes de descobertas no Brasil, na avaliação de especialistas. Em Minas Gerais, somente neste ano, 828 projetos foram selecionados para receber apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

De acordo com o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ricardo Gazzinelli, atualmente, a diversidade de projetos desenvolvidos no Estado e a agilidade com que eles respondem às necessidades do mercado têm sido um diferencial positivo.

“O envolvimento do setor industrial como parceiro da pesquisa é um aspecto importante, porque ela só passa a ter aplicação e a ser desenvolvida com objetividade se tiver demanda. Essa tendência de ir para o lado mais aplicado traz benefícios para a sociedade”, afirma Gazzinelli.

Aplicação

Prova disso são os cinco trabalhos feitos por alunos de quatro universidades mineiras, finalistas em um prêmio nacional de reconhecimento à importância da pesquisa realizada dentro das instituições de ensino.

A estudante de Engenharia Química Lorena D’Ávila, em parceria com a colega Nadirlene Oliveira, criou uma pedra ecológica – a “ecostone” – a partir do resíduo das pedras usadas na estonagem do jeans (processo de lavagem que atribui ao tecido aspecto batido).

“Por ser um mercado que ganhou popularidade, ele tem muita produção, logo, muito resíduo. Esse lodo que sobra não tem tratamento, é todo descartado nos aterros sanitários. Nossa ideia é reduzir custos com o descarte e evitar um problema ambiental, chegando a um produto cíclico. Costumamos dizer que a ‘ecostone’ é a busca por equilíbrio entre rentabilidade e redução de impactos ambientais”, diz a estudante.

Reconhecimento

Segundo o professor Gazzinelli, a indicação dos representantes mineiros à final do prêmio deixou claro que a pesquisa universitária em Minas não está concentrada em um segmento, por causa da diversidade de temas apresentados pelos pesquisadores.

“São projetos de qualidade e variados, voltados para soluções imediatas de problemas diferenciados. Acho importante divulgarmos isso para a sociedade”, diz.

Vencedores do Prêmio Santander serão conhecidos nesta quarta em São Paulo

Cinco projetos de estudantes e professores mineiros estão entre os 56 finalistas – dentre mais de 20 mil inscritos – da edição 2014 do Prêmio Santander Universidades. Os vencedores serão apresentados nesta quarta-feira (5), em cerimônia realizada em São Paulo.

A premiação é dividida em quatro categorias: empreendedorismo, ciência e inovação, universidade solidária e destaques do ano.

Na edição do ano passado, três projetos de Minas Gerais foram vencedores, dois deles do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH), ambos na categoria empreendedorismo, e um da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na categoria ciência e inovação, coordenado pelo professor Ricardo Gazzinelli.
 

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