Mineiras estão tendo filhos mais tarde e gravidez na adolescência cai

Renata Evangelista*
rsouza@hojeemdia.com.br
24/11/2016 às 11:17.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:47
 (Divulgação)

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As mineiras estão tornando-se mães mais tarde e o fenômeno da gravidez na adolescência está diminuindo no Estado. Os dados fazem parte do Levantamento Estatísticas do Registro Civil de 2015 e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (24).

Segundo a pesquisa, os partos realizados em mulheres com idades entre 30 a 34 anos subiu 6% nos últimos dez anos, saltando de 16% para 22% no ano passado. Em contrapartida, o número de adolescentes grávidas em Minas caiu de 19,9% em 2005 para 14,8% em 2015, percentual que fica abiaxo da média nacional, que é de 16,8%.

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O estudo apontou, ainda, que mulheres de 25 a 29 anos foram responsáveis por 24,5% dos partos feitos em 2015. A faixa etária 20 a 24 representou 23,4% do total. "Esses percentuais mostram um envelhecimento da fecundidade em Minas Gerais, pois, em 2005, os maiores percentuais de registros de nascimentos se encontravam no grupo de 20 a 24 anos (30,4%)", informou o IBGE.

O estudo Estatísticas do Registro Civil é resultado da coleta das informações prestadas pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e os tabelionatos de notas do país.

No Brasil

A pesquisa confirma a tendência de que as mulheres brasileiras estão sendo mães mais tarde. Em 2005, 30,9% dos nascimentos eram concentrados em mães entre 20 e 24 anos. Em 2015, o percentual nessa faixa etária caiu para 25,1%. Os nascimentos em mães do grupo de 25 a 29 anos entre 2005 e 2015 mantiveram-se estáveis, passando de 24,3% para 24,5%.

Segundo o estudo, os dados de 2015 evidenciam o aumento da representatividade de mães entre 30 e 39 anos (de 22,5%, em 2005, chegando a 30,8%, em 2015) e a redução dos registros de filhos de mães mais jovens. No grupo de mães de 15 a 19 anos, o percentual de nascimentos caiu de 20,3%, em 2005, para 17%, em 2015.

Segundo o IBGE, em 2015, na Região Norte, as mulheres tiveram filhos mais novas, com 23,3% dos nascimentos entre mães de 15 a 19 anos, e 29,7% relativos a mães de 20 a 24 anos. Já os nascimentos relativos a grupo de mulheres com 30 a 34 anos concentraram-se no Sudeste (22,4%) e Sul (22%), bem como na faixa de 35 a 39 anos, com 12,3%, no Sudeste, e 11,7%, no Sul. Para o instituto, o conhecimento das diferenças regionais é de grande relevância para elaboração e implantação de políticas públicas.

Registros tardios

Segundo a pesquisa, embora o percentual de registros de nascimentos tardios (feitos com até três anos de atraso) no Brasil tenha caído de 9,4%, em 2003, para 2,6%, em 2012, os indicadores permanecem altos em alguns estados: Amazonas (12,6%), Amapá (12,6%), Pará (11,9%), Acre (11,6%) e Roraima (11,3%).

“Apesar da evidente evolução expressada pela diminuição dos registros tardios em todas as unidades da Federação, nota-se que permanece uma desigualdade regional marcante, com as unidades da Federação das regiões Sul e Sudeste, com menores níveis relativos de registros tardios e, no outro extremo, as unidades da Federação da Região Norte, seguidas pelas regiões Nordeste e Centro-Oeste”, diz o documento.

*Com Agência Brasil

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