“Queria que ele sempre fosse um filhote”. A frase é comum entre quem acaba de adquirir um animal de estimação. Muitos gostariam que o bicho permanecesse pequeno e fofinho por toda a vida. De certa forma, isso é possível com os minicoelhos (ou coelhos anões), raças bem menores do que as mais conhecidas, e com características físicas peculiares.

Esses pequeninos têm caído no gosto dos brasileiros, especialmente de crianças e de adultos com pouco tempo e espaço para adotar cães e gatos. Eles costumam pesar entre 1,5 e 3 quilos, muito menos do que os coelhos considerados normais (de 3 a 4,5 quilos) e dos gigantes (acima de 5 quilos).

As raças de minicoelhos mais comuns são mini lop, fuzzy lop, branco de hotot, mini holandês, mini rex e lion head. Segundo o zootecnista Walter Motta, não há diferenças biológicas ou fisiológicas entre os coelhos anões e os outros, nem mesmo no temperamento, fundamentalmente dócil. Os contrastes são apenas físicos e, por isso, o dono pode escolher o bicho pela aparência, sem culpa.

Temperamento

A cunicultora Nayara Mendes, que cria minicoelhos comercialmente há dois anos em Betim, na Grande Belo Horizonte, fornece raças como mini lion, netherland, polish e mini angorá para o Brasil inteiro.

A maior parte dos interessados mora em apartamento e procura um bicho que não faça barulho, não dê muito trabalho e não incomode os vizinhos. “Os coelhos interagem bem com a família e brincam com as crianças. Adotados quando filhotes, aprendem a fazer as necessidades na caixa de areia e até atendem pelo nome”, cita Nayara.

Walter Motta, professor titular do departamento de zootecnia da área de cunicultura da Escola de Veterinária da UFMG, esclarece que, por ser considerado uma presa na natureza, o coelho tem um comportamento mais “tímido” e passivo, sem uma interação intensa com os humanos, como cães e gatos.

A convivência dos coelhos com outros animais pode ser habituada, mas, em geral, eles se estressam com esse contato.

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