Ministério Público de Minas pede rejeição de recurso e prisão de Eduardo Azeredo

Carolina Fernandes
cfernandes@hojeemdia.com.br
17/05/2018 às 12:44.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:53
 (joel rodrigues/estadão conteúdo )

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O Ministério Público de Minas Gerais se manifestou, por meio de um documento enviado ao Tribunal de Justiça, pela rejeição dos recursos apresentados pela defesa de Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador do Estado, nessa quarta-feira (16). 

O MP pede também pela prisão do tucano, que foi condenado, no dia 24 de abril, em segunda instância, a 20 anos e um mês de prisão por desviar dinheiro de estatais para o caixa dois da campanha de reeleição ao governo mineiro, em 1998. Com o resultado apertado, por três votos a dois, inibiu a acusação de pedir a prisão imediata do político.

A defesa do ex-governador nega o envolvimento dele nos crimes de lavagem de dinheiro e peculato no mensalão. 

Resultado apertado

De acordo com o procurador de Justiça Antônio de Pádova, representante do Ministério Público de Minas Gerais no processo, a sentença decretada pela 5ª Câmara Criminal de Belo Horizonte só será executada após se esgotarem todos os recursos oferecidos pela defesa do ex-governador na segunda instância. “Como vou fazer o pedido da prisão em segundo grau com um julgamento tão apertado? O processo já se arrastou por 20 anos, agora vamos esperar o esgotamento dos recursos”, disse. 

Ele afirmou, no entanto, que os argumentos apresentados pela defesa e os votos contrários à manutenção da pena dificilmente influenciarão a sentença e que, nos próximos meses, o tucano deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, o que pode ocorrer durante o processo eleitoral, do qual o PSDB de Azeredo participará.

A defesa, no entanto, segue otimista na tentativa de conseguir a absolvição do político. De acordo com Castellar Guimarães Filho, um dos advogados do réu, a condenação ainda é possível de ser alterada e essa será a aposta até o fim dos recursos. “Temos já ajuizado um habeas corpus e acreditamos que ele será aceito pelo Superior Tribunal de Justiça. Queremos que o processo retorne à primeira instância e seja revisto para anular a decisão”, afirmou. 

Decisão

O julgamento dos embargos está marcado para a próxima terça-feira (22). 

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