Ministério Público apura esquema de desvio de mais de R$ 20 milhões do Banco do Brasil

Da Redação*
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14/12/2017 às 21:56.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:15
 (Divulgação MPMG)

(Divulgação MPMG)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizou nesta quinta (14), a operação Caixa-Forte, para cumprir mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e São Paulo. 

A ação é uma continuidade das investigações referentes ao desvio de R$ 22.767.187,09 do Banco do Brasil (BB), pelos administradores da transportadora Embraforte.  

A empresa de custódia e transporte de valores manteve, entre os anos de 2012 e 2013, contratos com o BB, inclusive de abastecimento de terminais de autoatendimento no estado. 

Os contratos foram encerrados quando o banco constatou que os abastecimentos feitos eram bem inferiores às quantias cadastradas no sistema eletrônico e que a empresa não possuía o valor em espécie que deveria estar armazenado na caixa-forte. 

No entanto, a Embraforte não restituiu os R$22.767.187,09 que estavam sob sua responsabilidade. 

O Inquérito concluiu que houve prática de crime de peculato, mas não investigou o destino do dinheiro nem outros crimes conexos. 

Por isso, a Promotoria Criminal de Belo Horizonte, iniciou uma investigação própria com o objetivo de apurar o destino dos valores desviados, constatando evidências dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de identificar outros envolvidos. 

O esquema de lavagem de dinheiro abrangia diversas empresas em nome dos investigados, administradores de fato e de direito da Embraforte. Essas empresas receberam depósitos de elevados valores em espécie de forma sistemática nos anos investigados, embora várias delas não desenvolvessem atividade econômica, recolhessem impostos ou contratassem funcionários. 

A ação desta quinta, realizada pelos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) de Minas e de São Paulo, teve o objetivo de colher mais provas dos crimes, bem como identificar bens e valores que possam servir para o ressarcimento ao Banco do Brasil. 

Quatro promotores de Justiça, quatro servidores do MPMG e 26 policiais militares participaram da operação. Foram apreendidos veículos e vasto acervo documental; aparelhos celulares; veículos diversos, entre eles dois Maserati e uma BMW; e duas motos Harley Davidson. 

*Com MPMG

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