Morre vereador baleado após ficar nu como protesto contra som alto

Hoje em Dia
28/02/2016 às 19:24.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:36
 (TSE/DIVULGAÇÃO)

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Foi sepultado neste domingo (28) o corpo de João Lázaro Moreira, vereador de Cachoeira de Minas, cidade do Sul de Minas com cerca de 11 mil habitantes. João Porco, como é conhecido, morreu após ser baleado no último dia 21 por uma briga com um vizinho, na qual chegou a ficar como forma de protesto - as imagens chegaram a ser divulgadas em redes sociais.

João Porco e o primo Jezuel Garcia Ferreira estavam em pé de guerra desde o ano passado. Jezuel Ferreira morava em frente ao vereador e resolveu abrir, entre dezembro e janeiro, um bar na porta da residência, o que incomodou o político. Desde então, as brigas entre os dois geraram ao menos sete boletins de ocorrência policial.

No último dia 12, o embate que não passava de discussões ganhou contornos agressivos. Segundo os militares, João Porco levou um golpe de foice nas nádegas de Jezuel. Este justificou a agressão afirmando que o vereador estava ofendendo a esposa. Jezuel foi detido e liberado.

No dia 21, o dono do bar montou uma churrasqueira no bar. João Porco ficou incomodado com a fumaça, além do som alto e das cadeiras e mesas, que, segundo o próprio, atrapalham a passagem dos pedestres. Como protesto, o vereador decidiu tirar a roupa na varanda de casa. Depois de novas discussões, os dois foram parar novamente na delegacia da cidade. Por falta de alvará de funcionamento, o estabelecimento de Jezuel foi fechado pelos militares.

No entanto, logo após a liberação, Jezuel jogou sua caminhonete contra o carro no qual estava o vereador. Segundo a Polícia Militar, o dono do bar saiu do veículo e disparou quatro tiros contra João Porco - três acertaram a cabeça e um, o tórax. O político foi encaminhado ao Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre, cidade a cerca de 35 km de distância.

Os policiais fizeram buscas assim que foram acionados e chegaram a apreender o veículo. Jezuel, entretanto, não foi encontrado pelos militares e, até às 19h deste domingo, continuava foragido. O filho dele, que estava no carro no momento do atentado, foi interrogado e liberado.

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