Mortos são enterrados em área contaminada no Norte de Minas

Girleno Alencar - Do Hoje em Dia
06/09/2012 às 08:50.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:03
 (Dione Afonso)

(Dione Afonso)

MONTES CLAROS – Os mortos de Montes Claros estão sendo enterrados em área contaminada por vazamento de combustível. A prefeitura está usando uma área de 1.400 metros quadrados para abrir 300 covas e desde a semana passada começaram a ser feitos os sepultamentos.

A área pertence à Esso Brasileira de Petróleo. Em 1999, a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) constatou o vazamento de combustíveis da Base de Distribuição, tendo inclusive contaminado várias cisternas do bairro São Judas. A Esso desativou a base, que armazenava 4,5 milhões de litros de combustíveis. Porém, uma vez por mês faz análise do solo na área, que agora está sendo usada como cemitério.

Na quarta-feira (5), o prefeito Luiz Tadeu Leite lembrou que a área está dentro do Cemitério Jardim da Esperança, mas ficou fora do espaço desapropriado e como acabaram as vagas para enterros na cidade, mandou usar de imediato o terreno, enquanto é feita avaliação das medidas a serem tomadas.
 
“Faz três anos que buscamos várias opções para resolver a falta de vagas para enterros. Encontramos a solução de construir o cemitério, mas as obras foram suspensas. Temos que usar em caráter emergencial esta área dentro do cemitério, coisa que poderia estar ocorrendo há mais tempo”, salientou.

Outra alternativa da prefeitura é usar uma área externa de cerca de 300 metros quadrados pertencente ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte Terrestre (Dnit), onde foi criado um ramal ferroviário para atender a Esso Brasileira. O local teria capacidade para mais 80 covas.

Montes Claros tem uma média de 180 enterros por mês. Como cada cova pode receber até três caixões com defuntos de uma mesma família, permitiria adiar a situação até janeiro de 2013.

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