Motoqueiro quase fica cego ao ser atingido por linha de cerol, em Contagem

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
03/07/2017 às 12:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:21
 (Bombeiros/Divulgação)

(Bombeiros/Divulgação)

Um promotor de vendas quase ficou cego ao ser atingido por uma linha de cerol na tarde de domingo (2), no bairro Jardim dos Bandeirantes, em Contagem, na Região Metropolitana. Felipe da Silva Santos, de 26 anos, foi atingido no rosto e levou dois pontos na pápebra esquerda e quatro pontos no alto do nariz, entre os olhos.

O acidente talvez não tenha sido pior porque a vítima já estava atenta para os papagaios na região da Rua das Emboabas. “Nessa região, sempre vejo meninos soltando papagaio. Então, quando passo por ali, levanto a viseira para tentar enxergar alguma linha. Só que, dessa vez, a linha estava caindo e passou justamente pela viseira, na linha dos olhos”, conta o promotor de vendas, que foi atendido no Hospital Júlia Kubitschek.

Segundo ele, a intenção era de colocar antena na moto o mais rápido possível. O alerta do perigo do cerol ficou ainda mais evidente para ele e os vizinhos do bairro Novo Progresso, também em Contagem. “Os vizinhos que soltam papagaio falram que não vão mais usar cerol. Muitas pessoas só caem na real quando o acidente acontece”, diz Felipe.

A utilização do cerol ou de linha chilena foi proibida há 15 anos no Estado. Lei de julho de 2002 prevê multa de até R$ 1.500 para quem portar o material. Além disso, segundo a Polícia Civil, o Código Penal qualifica o uso como crime passível de prisão.

Referência em atendimentos de urgência no território mineiro, só o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII atendeu 488 pessoas feridas por cerol de 2005 a 2016. Os dados são da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

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