Motorista de carreta que matou três no Anel diz que estava a 60 km/h e culpa o freio pelo acidente

Da redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
07/09/2017 às 16:26.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:28
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

O motorista Luiz Fhilippe da Cunha Gonçalves Pereira, de 24 anos, que estava no volante da carreta de minério que matou três pessoas e deixou onze feridos em acidente nessa quarta-feira (6), no Anel Rodoviário, negou que estivesse acima da velocidade e culpou o freio pelo acidente. “Eu estava a 60 km/h, freio motor ligado. Estava funcionando normal o freio. Quando eu pisei, o pedal foi lá no fundo. Aí eu desesperei e só falei, ‘meu deus, o que eu vou fazer?’”, afirmou o motorista da carreta em entrevista nesta quinta-feira (7) à Rádio Itatiaia. Luiz Fhillipe, que mora no bairro Califórnia, Região Oeste de Belo Horizonte, também disse que foi o primeiro acidente no qual esteve envolvido e que irá abandonar a profissão.

O motorista da carreta foi preso pela manhã desta quinta (7) e encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), na Gameleira, Região Oeste de BH. Luiz Fhilippe será autuado por dolo eventual (quando não há intenção de matar, mas se assume o risco) pela morte do policial civil Dogmar Alves Monteiro, 52, da mulher dele, a advogada Kelly Cristina da Silva Monteiro, 46, e o filho do casal, o estudante de medicina Victor Monteiro, 21.  Se for condenado, Luiz Fhilippe pode pegar de seis a 20 anos de prisão, com pena de reclusão, sem fiança. Ele chegou a ser submetido ao teste de bafômetro, que deu negativo.

Vítimas

A família estava no Agile, que foi arrastado por cerca de 200 metros pela carreta de minério conduzida por Luiz Fhilippe, no trecho do Anel após a descida do bairro Betânia, sentido Vitória. O motorista não conseguiu parar o veículo, que atingiu os automóveis parados no trânsito. Com a colisão, a carreta se incendiou e prensou o Agile na mureta. Victor e Kelly Cristina foram carbonizados, e Dogmar foi encontrado fora do automóvel.
Até a tarde de ontem, os corpos da família, natural de Caratinga, no Vale do Rio Doce, estavam no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e aguardavam a chegada de parentes para a liberação. 

Pelo Facebook, o Centro Universitário UniBH se manifestou sobre a perda de Victor, que estudava medicina na instituição. "O UniBH manifesta profundo pesar com a tragédia no Anel Rodoviário que resultou no falecimento do nosso aluno do curso de Medicina, Vitor Monteiro e dos seus pais. Nos solidarizamos com todos seus familiares e amigos", diz o texto da postagem.
 

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