Motoristas e cobradores temem demissões e fazem paralisação em Belo Horizonte

Motoristas e cobradores temem demissões e fazem paralisação em Belo Horizonte

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
tmoraes@hojeemdia.com.br
24/04/2016 às 13:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:05
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Motoristas de ônibus e cobradores prometem cruzar os braços entre as 3h desta madrugada e a tarde de segunda-feira (25), segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH), Denilson Dorneles. “O tempo da paralisação vai depender da adesão da categoria, que tem se mostrado alta. Pode terminar 12h, pode terminar 00h”, diz.

Os trabalhadores querem chamar a atenção da população para o Projeto de Lei (PL) 1881, do vereador Autair Gomes (PSC), aprovado em segundo turno na última segunda-feira (18). O PL revoga o artigo 3º da Lei 8224, de 2001. E é aí que está o problema, segundo o sindicato. No texto da lei de 2001 diz que “cada veículo destinado ao transporte coletivo regular de passageiros será operado, em todo seu itinerário, no mínimo, por um motorista e um agente de bordo”.

O PL também exclui o artigo 4º da Lei 8224, que diz: “qualquer nova tecnologia implantada preverá o aproveitamento em novas funções de eventuais trabalhadores não mais necessários”. O projeto segue para sanção do prefeito Marcio Lacerda, que tem 15 dias para avaliá-lo.

Demissões
Segundo Dorneles, 6 mil empregos estão em jogo. “A lei abre brecha para que acabem com o cargo de cobrador. Se ela for aprovada, os motoristas terão que receber a passagem e dirigir. Queremos que o prefeito vete e que a população entenda que é ruim para todos. A paralisação é a única maneira de mostrar o que querem fazer com a nossa categoria”, pondera.

Ainda conforme o presidente do sindicato, a PL aumenta a responsabilidade sobre o motorista e diminui a segurança do passageiro. “O trajeto vai demorar mais, ou o motorista vai precisar contar moeda e dirigir ao mesmo tempo, o que não é seguro para ninguém”, critica.

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