Mulher que matou grávida para roubar bebê é condenada a 34 anos em Ponte Nova

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
07/06/2017 às 14:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:58
 (Facebook / Reprodução)

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A mulher que matou uma jovem grávida para roubar o bebê em Ponte Nova, na Zona da Mata, foi condenada a 34 anos de prisão, um mês e 23 dias nesta terça-feira (6). Segundo a Justiça da cidade, Gilmária Silva Patrocínio, de 34 anos, não poderá recorrer da decisão em liberdade.

A pena é por homicídio de Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, com quatro qualificadores: motivo torpe, mediante dissimulação, com emprego de meio cruel e para assegurar a execução de outro crime. Ela também foi condenada por subtração de incapaz, dar parto alheio como próprio e ocultação de cadáver.

O crime

O sequestro do bebê e o assassinato da grávida aconteceram no dia 26 de junho de 2015, depois que Patrícia, grávida de aproximadamente 9 meses, saiu de casa no bairro São Pedro, em Ponte Nova, e foi ao Hospital Nossa Senhora das Dores para uma consulta de rotina. A partir daí ela não foi mais vista.

Após ser notificada sobre o desaparecimento, a polícia analisou imagens de circuito de segurança do hospital e de uma farmácia próxima, que registraram Patrícia entrando e saindo da unidade de saúde e seguindo em direção à praça central da cidade.

Os investigadores reconstituiram os passos da mulher e identificaram, junto à empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, que Patrícia utilizou o cartão de vale-transporte do companheiro, ao entrar em um ônibus em direção ao bairro Vale Verde. Testemunhas informaram à polícia que viram a grávida em companhia de uma mulher baixa, obesa e de cabelos crespos, indo em direção à Fazenda da Estiva.

No mesmo dia, Gilmária disse que teve um bebê por parto natural em casa, sendo socorrida pelo Corpo de Bombeiros, que encaminharam a mãe e a criança ao hospital. Ela ficou internada por dois dias. A criança foi registrada com o nome de João Vítor Patrocínio da Silva.

No dia 30 de junho, uma equipe do Corpo de Bombeiros localizou o corpo de Patrícia em uma construção abandonada entre o bairro Vale Verde e a Fazenda Estiva. Na mesma época, Gilmária deu entrada novamente no hospital, em decorrência de uma crise de hipertensão. Ao passar por exames, a equipe médica constatou que ela não apresentava sinais de gravidez recente.

De imediato, a criança foi retirada da guarda de Gilmária e do esposo, ficando sob responsabilidade do Conselho Tutelar. Na delegacia, ela acabou confessando os crimes e explicou que atraiu Patricia com a promessa de que doaria um enxoval para o bebê.  

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