Número de mortes em Minas por febre amarela chega a 137; outras 22 são investigadas

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
20/03/2018 às 16:39.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:57
 (Reprodução/Pixabay)

(Reprodução/Pixabay)

Chegou a 137 o número de mortes confirmadas por febre amarela em Minas Gerais. Além dessas, outras 22 estão sob investigação, segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (20), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Exames laboratoriais confirmaram 396 ocorrências da doença do Estado desde dezembro do ano passado e outras 650 notificações estão sendo investigadas.

Pela primeira vez, o boletim indica que um bebê foi infectado pela doença. Está no documento a informação de que a menor idade entre as pessoas infectadas pela doença é de 0 ano – ou seja, o paciente não havia completado um ano de vida –, enquanto o indivíduo mais velho a adquirir febre amarela no Estado tinha 88 anos.

Até os boletins anteriores, a idade mínima apresentada era de 3 anos, referente a uma criança que morreu em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e não era vacinada. Questionada sobre o bebê que teria contraído febre amarela, a SES informa que não divulga dados individualizados e a medida é para a preservação da identidade dos pacientes. Também não informou se o bebê era vacinado. 

Sobre professor da UFMG

Pelo boletim, a SES se manifestou sobre o caso de Rodrigo Bastos Fóscolo, professor da Escola de Medicina da UFMG que contraiu a doença e passou por um transplante de fígado bem-sucedido no último dia 27. Segundo a secretaria, um exame confirmou a contaminação por febre amarela e o provável local de infecção foi Caeté, município da Região Metropolitana onde já houve registro de 12 casos.

A Secretaria afirma ainda que a família do médico não apresentou a comprovação de histórico vacinal e, portanto, o paciente não é considerado vacinado contra a febre amarela. De acordo com a SES, dentre os casos em investigação, há registro de 11 pacientes com histórico de vacinação prévia e exame positivo para a doença. Esses pacientes permanecem em investigação para levantamento de informações clínicas e epidemiológicas fundamentais para conclusão dos casos.

Mesmo com esses registros de pessoas vacinadas que contraíram a doença, é importante ressaltar que a vacina é a melhor forma de prevenção contra a febre amarela, com eficácia de 95%. Atualmente, a cobertura vacinal referente a essa enfermidade no Estado está em torno de 90,50%.

Incidência

Mariana, na região Central do Estado, permanece como a cidade com maior número de casos – 34, sendo que sete deles evoluíram para óbito. Os municípios mineiros com maior número de registros de mortes são Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Barão de Cocais, na região Central, com oito mortes cada.

Também chama a atenção o número de casos em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde foram confirmadas 33 ocorrências de pessoas com a doença, sendo que sete delas morreram. As regiões Central, Metropolitana e Zona da Mata permanecem como as mais críticas em relação à incidência da febre amarela.

Gênero

Do total de casos confirmados de febre amarela silvestre, 344 (86,8%) são do sexo masculino e 52 (13,2%) do sexo feminino. Dentre os óbitos, 07 sete foram do sexo feminino, representando 5,1% do total de óbitos confirmados. Vale lembrar que, no período anterior de monitoramento, entre 2016 e 2017, foram registrados 475 casos confirmados de febre amarela em Minas, sendo que destes, 162 evoluíram para óbito.

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