Nono ônibus é incendiado na Grande BH em 15 dias

Carolina Fernandes
cfernandes@hojeemdia.com.br
26/04/2018 às 09:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:32
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Mais um ônibus foi incendiado na região metropolitana de Belo Horizonte. Dessa vez, o crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira (26), no bairro Serra Verde, região de Venda Nova. De acordo com a Polícia Militar, três homens chegaram em um carro Vectra, pararam o coletivo da linha 631, que faz o itinerário Estação Vilarinho/Serra Verde, e renderam o motorista.

Ainda segundo a corporação, o condutor foi fechado pelo carro e rendido por dois homens. Um deles já desceu com um galão de combustível e espalhou no interior do veículo, começando pela parte de trás. Havia uma passageira que, no momento, estava dormindo. Segundo o motorista, ela não foi rendida pelos criminosos e conseguiu fugir durante o ataque.
 Divulgação/ Corpo de Bombeiros

Veículo destruído é o nono ataque a coletivos em 15 dias. O prejuízo é de R$ 400 mil por ônibus


Antes da fuga, um dos suspeitos voltou ao carro e buscou um bilhete, que foi entregue ao motorista do ônibus, e teria sido escrito por parentes de detentos do presídio de São Joaquim de Bicas 2, na Grande BH. A carta, que foi encaminhada à Polícia Civil, pedia melhorias na unidade prisional. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas atingiram a rede elétrica e a garagem de um prédio quase foi atingida pelas chamas. Após o incêndio, a polícia encontrou um carro abandonado, com as mesmas características do utilizado pelos vândalos. Até o momento, ninguém foi preso. Esse foi o nono caso registrado na região metropolitana de Belo Horizonte desde o dia 12 de abril.

Sem reposição

Diante dessa situação, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) informa que o "sistema de transporte coletivo urbano por ônibus de Belo Horizonte encontra-se impossibilitado financeiramente de, como vinha procedendo até então, repor os ônibus retirados de circulação em decorrência de incêndio criminoso”. 

Prejuízo

O resultado dessa onda de ataques é que a prestação do serviço fica comprometida. As empresas que gerenciam os coletivos que circulam na capital e região metropolitana já disseram que não têm recursos para repor os veículos incendiados.

Cada ônibus queimado custa cerca de R$ 400 mil na conta das empresas. Só em 2018, o prejuízo já chega a R$ 6 milhões. Os usuários também são afetados. De acordo com o sindicato da categoria, 500 passageiros, em média, ficam sem o coletivo quando ele é retirado de circulação por causa dos crimes. Enquanto o veículo danificado não é reposto, é preciso reduzir o número de viagens da linha.

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