Novas ambulâncias melhoram condições da saúde em municípios mineiros

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13/05/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:32

Com investimento de R$ 8 milhões, o Governo de Minas entregou, ontem, 123 ambulâncias a municípios mineiros. Os novos veículos irão renovar ou aumentar a frota de cada uma das 106 prefeituras e três entidades filantrópicas contempladas.

Desde o final de 2015, quando o governo iniciou o Programa de Doação de Veículos para atenção à saúde dos municípios do Estado de Minas Gerais, foram entregues 550 ambulâncias.

O objetivo é proporcionar qualidade no transporte de pessoas que precisam se deslocar de uma cidade a outra seja para a realização de tratamento médico, exames ou consultas, seja para promover a assistência médica de caráter emergencial.

Para o secretário de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, o programa de entrega de ambulâncias, é muito importante, sobretudo para os municípios pequenos. 

Segundo ele, cerca de 1.500 veículos foram distribuídos, de forma a reforçar o transporte de saúde tendo em vista a enorme extensão e a pluralidade dos municípios. 

“O programa também contempla a grande quantidade de municípios com uma pequena população, onde não se justifica a construção de hospitais para atender média e alta complexidade, onde o vazio é suprido com o transporte”, justificou.

Esforço

Esses veículos foram entregues em um quadro de extrema dificuldade financeira, porque o Estado tem hoje um déficit em torno de R$ 10 bilhões por ano”, afirmou Fernando Pimentel, destacando que as entregas atendem diretamente ao cidadão.

Representando os quase cem prefeitos presentes na solenidade, o chefe do Executivo de Quartel Geral, José Lúcio Campos, ressaltou o esforço do Estado em ajudar os municípios, mesmo em tempos de crise. 

“As ambulâncias ajudam principalmente os municípios pequenos, passando por diversas dificuldades financeiras. Eu sei que a nova leva de prefeitos pegou situação complicada, nós estamos lutando para manter o equilíbrio das contas e ajudar o Estado nessa caminhada”, disse.

Voto

Pimentel defendeu, durante a solenidade de entrega das ambulâncias, o respeito ao voto popular e aos princípios democráticos. 

“O voto é sagrado e tem de ser respeitado, porque é ele quem dá legitimidade ao regime democrático. Não é o concurso público. O concurso público dá legalidade, mas o que dá legitimidade é o voto, e quem tem mandato e foi eleito pelo voto popular tem de ser respeitado, apoiado e tratado com a dignidade que a República brasileira exige”, enfatizou aos prefeitos e às prefeitas contemplados pela ação.

O governador afirmou que a crise pela qual passa o país é fruto de um “acúmulo de situações” e que, mesmo com a adversidade, eles “se dispuseram a ir às urnas enfrentar o veredito popular”.

As 123 ambulâncias foram distribuídas entre os seguintes municípios e territórios de desenvolvimento:

Alfenas (1), Baependi (1), Cachoeira de Minas (1), Camanducaia (1), Conceição do Rio Verde (1), Conceição dos Ouros (1), Dom Viçoso (1), Itamonte (1), Itapeva (1), Itumirim (1), Minduri (1), Perdões (1), Pouso Alto (1), São Gonçalo do Sapucaí (1), Serrania (1), Tocos do Moji (1), Toledo (1) e Varginha (1).

CAPARAÓ: Alvinópolis (1), Araponga (2), São José do Goiabal (1) e Viçosa (1).

VALE DO AÇO: Antônio Dias (1).

METROPOLITANO: Araçaí (1), Barão de Cocais (1), Bela Vista de Minas (1), Betim (3), Bom Jesus do Amparo (1), Caeté (2), Conceição do Mato Dentro (1), Cordisburgo (2), Dionísio (1), Jequitibá (1), Mário de Campos (1), Matozinhos (1), Nova União (1), Ouro Preto (1), Raposos (2), Sabará (2), Santa Luzia (1), Sete Lagoas (2) e Taquaraçu de Minas (1).

OESTE: Arcos (1), Bom Despacho (1), Cana Verde (1), Candeias (1), Estrela do Indaiá (1), Igaratinga (1), Medeiros (1), Moema (1), Quartel Geral (1), Santana do Jacaré (1), Santo Antônio do Monte (1), São Sebastião do Oeste (1) e Vespasiano (1).

MUCURI: Ataléia (1), Carlos Chagas (1) e Crisólita (1).

VERTENTES: Cipotânea (1), Dores de Campos (1), Jeceaba (1), Nazareno (1), Santa Rita de Ibitipoca (1) e Tiradentes (1).

SUDOESTE: Conceição da Aparecida (1), Doresópolis (1), Guapé (1), Ibiraci (1), Itamogi (1), Monte Santo de Minas (2), Nova Rezende (1), Passos (3), São Pedro da União (1) e São Tomás de Aquino (1).

MATA: Além Paraíba (1), Barão de Monte Alto (1), Cataguases (1), Coimbra (2), Dona Eusébia (1), Espera Feliz (1), Laranjal (1), Mercês (1), Miradouro (1), Muriaé (2), Rosário da Limeira (1), São Francisco do Glória (1), São Geraldo (1), Tocantins (1), Tombos (1) e Ubá (2).

NORTE: Jaíba (1), Mirabela (1), Santa Cruz de Salinas (1), São João da Lagoa (1) e São Romão (1).

VALE DO RIO DOCE: Mathias Lobato (1), Paulistas (1) e Tarumirim (1).

NOROESTE: Presidente Olegário (1) e São Gotardo (1).

ALTO JEQUITINHONHA: Turmalina (1).

CENTRAL: Abaeté (1), Biquinhas (1), Cedro do Abaeté (1), Corinto (1) e Curvelo (2).

TRIÂNGULO NORTE: Indianópolis (1).

TRIÂNGULO SUL: Pirajuba (1).

 Pimentel garante que equilíbrio de contas não afetará cidadão

Durante a solenidade de entrega das ambulâncias, no Palácio da Liberdade, Pimentel garantiu que o Estado não fará qualquer ajuste fiscal que afete o cidadão. “Não vai ser prejudicando o servidor público e a prestação de serviços que vamos equilibrar as contas”, disse.

O governador criticou a política econômica nacional. “O que nós estamos assistindo no Brasil é o terceiro ano de recessão econômica, de queda do PIB, com queda da receita pública e com um desemprego que já chega a 14 milhões de trabalhadores. E, no entanto, a inflação caiu e o juro da dívida pública brasileira continua o mais alto do mundo. Falta dinheiro lá em Brasília, sabe para quê? Para saúde, educação, segurança pública. Para pagar juro, não. Esse está sobrando, é abundante. Nós estamos pagando um juro de 14,5% ao ano para uma inflação que mal chega a 4,5%”, afirmou.

Intolerância

Fernando Pimentel criticou o que chamou de tempos difíceis, “em que o ódio e a intolerância política, alimentado também pela manipulação descarada das informações, estão nublando a vista e as mentes das pessoas no Brasil”. 

Para ele, esse cenário é perigoso não só para os políticos, mas também para os cidadãos, “que, muitas vezes, são levados a erro nas suas avaliações em função da intolerância que, infelizmente, domina o cenário político no país”.

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