Cerca de 200 moradores da Pedreira Prado Lopes (PPL), na região Noroeste de Belo Horizonte, protestaram na avenida Antônio Carlos, no sentido centro, na manhã desta terça-feira (7). A intenção era chamar a atenção da Prefeitura e da sociedade, para a demora na entrega das obras do programa Vila Viva e também da Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI).
De acordo com os moradores, aproximadamente 400 crianças foram prejudicadas com o fechamento da UMEI. Todas elas estariam sem creche há um ano, desde que a unidade foi fechada para reforma. Para a obra, vários imóveis foram destruídos, mas a prefeitura não teria recolhido os entulhos, deixando um aspecto de sujeira no local e atraindo até animais que podem causar doenças.
Além disso, algumas pessoa estariam usando estes escombros como ponto para venda e uso de drogas, causando insegurança nos moradores da PPL. Vinícius Moreno, manifestante, afirma que o problema está na política da prefeitura. "O programa Vila Viva caminha por uma lógica de exclusão urbana, conduzido pelos interesses de especulação imobiliária e higienização do centro, levada às últimas consequências pela administração municipal da capital".
As obras no Vila Viva se iniciaram em 2007 e até hoje não foram concluídas. Há quase um ano, mais precisamente em julho do ano passado, os moradores da PPL também bloquearam a avenida Antônio Carlos para protestar pelo mesmo motivo. Na ocasião, em nota, a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) alegou que o atraso ocorreu devido à desistência da empreiteira responsável, que irá concluir apenas as unidades habitacionais que começou a construir. E que, uma nova licitação seria aberta para finalizar a obra. Sobre os entulhos, a Urbel acrescentou que tem feito a limpeza e a retirada em vários pontos da vila, mas passado quase um ano, não é o que se percebe ao passar pelo local.