Oito pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento com incêndios a dois ônibus na região do bairro Serra Verde, em Venda Nova, na tarde desta sexta-feira (3). Três eram maiores e cinco menores de idade. Todos serão encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA).
De acordo com o Tenente Samuel Soares, do 49º Batalhão de Polícia Militar, assim que a corporação foi acionada, agentes compareceram ao local. Com o auxílio da população local, eles descobriram que haviam pessoas portando material inflamável no bairro. Após uma busca na região, eles encontraram o grupo.
Na delegacia, dois confessaram o crime. No entanto, eles não quiseram dar detalhes do ocorrido, usando o direito de permanecerem calados. Os homens e adolescentes detidos ainda se encontram no CIA à disposição dos investigadores.
Conforme informações de outros militares do 49º Batalhão, a ação criminosa seria em represália a uma operação da PM dentro do aglomerado do Borel, no bairro Minas Caixa, próximo ao Serra Verde, em Venda Nova.
Ainda conforme a PM, na quinta-feira (2), durante uma incursão ao aglomerado, um morador reagiu e teria tentado tomar a arma de um policial. Houve luta corporal e o revólver acabou disparando. O homem morreu no local.
Segundo a polícia, os incêndios em Venda Nova não têm relação com outros atentados a ônibus na capital em 2017. Até agora, em pouco mais de um mês, são seis, quase o mesmo que o total dos oito registrados em 2017, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horiozonte (Setra-BH).
Para entender
Somente nesta sexta-feira, foram três ataques contra coletivos da capital. Em seguida, a dupla pegou um galão de gasolina, despejou no coletivo, ateou fogo e fugiu. O ônibus ficou destruído, mas ninguém se feriu na ocorrência.
No Barreiro, o crime foi cometido por dois homens na rua Ivete Vargas, 124, no bairro Solar, por volta das 0h20. O veículo queimado é da linha 328 (Estação Barreiro/Cardoso B). Não houve registro de feridos.
Os casos serão investigados pela Polícia Civil. Segundo o SetraBH, cada veículo destruído deixa de atender, em média, 500 usuários por dia útil. Um único ônibus custa R$ 360 mil e demora aproximadamente 150 dias para ser substituído.