Operação desmantela esquema de sonegação fiscal de grupo varejista em Montes Claros

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
16/02/2017 às 13:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 23:01

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta-feira (16), em lojas de Montes Claros e Janaúba, região Norte de Minas, durante a Operação Sulanca, de combate à sonegação de impostos. A ação investiga um rombo de R$ 4 milhões em sonegação de impostos durante três anos praticado pela rede empresarial de uma mesma família, com várias lojas de confecção na região.

Segundo a Receita Estadual, o esquema de sonegação ocorria através da compra e venda de produtos trazidos do Nordeste do país sem emissão do cupom fiscal. As investigações começaram há seis meses após denúncias de consumidores e lojistas concorrentes.

O delegado fiscal da Superintendência Regional da Fazenda de Montes Claros, Gilmar Soares Barbosa, explica que o esquema foi descoberto após vários indícios. “A partir de reiteradas denúncias dos próprios consumidores, que não recebiam o documento fiscal quando faziam compras nas lojas do grupo, e pelo monitoramento que a Receita Estadual faz nesse segmento, descobrimos as irregularidades", contou.

Além da compra e venda de mercadorias sem documentos fiscais, de acordo com a Receita Estadual, o grupo realizava abertura de diversos estabelecimentos em nome de “laranjas”, para que as lojas se enquadrassem em um regime tributário mais vantajoso. “As empresas eram cadastradas em nome de filhos, de funcionários e de parentes dos proprietários para que não fossem ligadas às mesmas pessoas e pudessem se enquadrar no Simples Nacional. Com as empresas em nome de laranjas, eles buscavam pagar um valor tributário menor”, conta o delegado.

Foram apreendidos computadores e documentos nos estabelecimentos de Montes Claros e Janaúba. O material foi encaminhado para a sede da Receita em Montes Claros.

Resposta

A reportagem entrou em contato com os responsáveis da empresa Bom Preço, que informou que não será dada nenhuma declaração sobre a operação, mas que estão à disposição da Receita Estadual para quaisquer esclarecimentos.

A proprietária das Lojas 23 negou que tenha sido alvo da operação e que documentos tenham sido recolhidos da empresa. Ela afirmou que os fiscais entraram no local e saíram sem levar nada.

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