Operação Baile de Favela prende 20 pessoas em Vespasiano

Da redação
horizontes@hojeemdia.com.br
03/05/2016 às 19:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:15

A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira (3) o resultado da operação Baile de Favela, que investigou o crime organizado em Vespasiano, na região Metropolitana de Belo Horizonte. Após as investigações, que iniciaram em dezembro do ano passado, 20 pessoas foram presas, acusadas de participar de ao menos 18 homicídios. Além disso, as informações indicam que o grupo atuava também em roubo de veículos e cargas e no tráfico de drogas. Ao todo são 25 investigados com mandado de prisão decretados.

As prisões vem ocorrendo desde janeiro deste ano, mas foram mantidas em sigilo para, segundo a corporação, preservar a eficiência das investigações.

O líder da operação, conhecido como "Pai", foi preso em Santa Luzia com uma pistola calibre 9 mm e um carro clonado. Ele era procurado desde 2012. De acordo com o delegado Rodolpho Machado, responsável pelas investigações, todas as deliberações e divergências da organização passam por decisão de Edivan. “Ele era responsável, ainda, por dirimir problemas da comunidade, como posse e propriedade de imóveis, caracterizando a instauração de um poder paralelo”, ressaltou.

Ainda segundo o delegado, o suspeito também decidia sobre a estrutura hierárquica da organização, atuação dos membros, divisão de lucros e sobre a prática de homicídios. “A organização criminosa é suspeita de ter praticado aproximadamente 18 homicídios, sempre praticados de maneira brutal, visando causar temor na sociedade, para evitar delações, e para que os membros não descumprissem as ordens do líder”, destacou Machado.

Existe, ainda, o registro de tortura contra moradores da comunidade que supostamente os delatavam para a polícia, ou que mantinham dívidas com o grupo. “No caso de mulheres, eles chegavam a raspar o cabelo das vítimas para por medo à poulação”, completou o delegado.

Durante as investigações foi possível recuperar 12 veículos, furtados ou roubados para serem utilizados pela organização na prática de crimes. Foi recuperada, ainda, uma carga de materiais hospitalares com destino a Ipatinga, no Vale do Aço, no momento do desembarque.

O nome da operação é uma referência ao fato de que a quadrilha freqüentava bailes funk na Rua 47, onde ostentavam armas de fogo e utilizavam drogas para comemorar os lucros obtidos nos crimes.

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