Uma grande operação conjunta contra um esquema milionário de sonegação fiscal acontece na manhã desta quarta-feira (6) na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação é realizada pelo Ministério Público de Minas, Receita Estadual e Polícia Civil, que apuram suspeitas de venda de notas fiscais falsas para grandes atacadistas.
A primeira fase da operação Darkside cumpre oito mandados de busca e apreensão, em Contagem e Belo Horizonte, sendo quatro em empresas da Ceasa. Também foram expedidos quatro mandados de prisão. Participam da ação três promotores de Justiça, cinco delegados de polícia, 20 agentes da Polícia Civil e 30 auditores fiscais.
De acordo com a Receita Estadual, a ação acontece após o órgão descobrir um milionário esquema de sonegação fiscal envolvendo diversos atacadistas da Ceasa, que usavam empresas de fachada para simular a venda de produtos com alto custo de ICMS, principalmente bebidas alcoólicas, achocolatados e produtos de higiene pessoal.
Ainda de acordo com a Receita, entre os produtos envolvidos no esquema estão alimentos da marca Vianeza, produzidos na região de Contagem e que seriam distribuídos a todo o Brasil pela empresa, a principal beneficiada pela fraude.
A suposta quadrilha era formada por empresários do setor atacadista, conhecidos como "papeleiros", que faziam a venda das notas fiscais frias para simular operações sujeitas ao imposto.
Segundo as investigações, em apenas seis meses, o esquema teria rendido mais de R$ 5 milhões a uma das empresas investigadas.
Se comprovada as irregularidades, os envolvidos responderão pelos crimes de sonegação fiscal e organização criminosa, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão.