Operação da PF desarticula esquema de 'tele droga' em Minas e Mato Grosso do Sul

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
15/05/2018 às 09:27.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:50
 (Divulgação Polícia Federal)

(Divulgação Polícia Federal)

O combate ao tráfico de drogas no interior de Minas Gerais será intensificado nos próximos meses. Nesta terça-feira (15), a Polícia Federal prendeu oito pessoas em Congonhas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) suspeitos de distribuir e comercializar maconha, cocaína e lança-perfume no município. Além disso, outros três mandados de prisão para pessoas que já estavam encarceradas também foram cumpridos, incluindo um em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e outros dois no presídio da cidade mineira. 

A Operação Profeta, deflagrada nesta terça pela PF, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) visa reprimir ações do crime organizado no estado, especialmente nos municípios de menor porte. Em Congonhas, a investigação comandada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) começou há quatro meses. 

“A gente tem notado esse avanço crescente e recorrente no interior, principalmente no tráfico de armas e drogas e hoje nós demos início a essa atuação no município de Congonhas. A proposta da Polícia Federal e dessa força-tarefa é difundir essa ação para outras cidades mineiras”, afirma o delegado regional da PF de combate ao crime organizado, Rodrigo Morais. Entretanto, a polícia não detalhou quantas localidades serão alvos da ação e nem quais os próximos passos. 

A quadrilha presa nesta manhã era comandada pelo suspeito detido em Dourados (MS) pelo celular. A droga vinha da região Norte do país e era distribuída em Congonhas, nos municípios vizinhos e até em Belo Horizonte, por meio de “delivery”. O usuário encomendava a substância, que era levada até a casa dele por integrantes do grupo criminoso. 

Todos os envolvidos na compra, no transporte e na distribuição das substâncias ilícitas foram presos. A maioria já tinha passagem pelo sistema prisional por crimes como tráfico, roubo, falsificação de materiais e homicídio. A polícia ainda cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e captou armas e celulares com os membros da quadrilha, inclusive dentro das celas nos presídios. 

Conforme o delegado da unidade de repressão às drogas da Polícia Federal, João Geraldo de Almeida, os suspeitos transportavam, com regularidade, para distribuir no município entre 50 kg e 100 kg de maconha. Para despistar as forças de segurança e evitar flagrantes, as porções eram enterradas em lotes vizinhos e em terrenos baldios. 

“Esses traficantes não buscavam volumes muito grandes de droga. Eles preferiam fazer uso de veículos de menor porte e transportavam sempre quantidades menores, e aí faziam a distribuição no sistema ‘tele-drogas’ entregando às pessoas em quantidades diminutas.  Isso era feito com grande regularidade e abastecia toda a cidade”, explica o delegado.

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