Operação 'Saque Rápido' investiga desvio de dinheiro em contas bancárias

Gabriela Sales*
gsales@hojeemdia.com.br
26/05/2017 às 09:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:43

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), deflagrou, nesta sexta-feira (26), em Montes Claros, no Norte de Minas, a operação “Saque Rápido”, que investiga, desde outubro do ano passado, organização criminosa voltada para a prática reiterada de lavagem de dinheiro e furtos mediante fraude em contas bancárias de empresas e pessoas físicas.

Segundo o Gaeco, com base em técnicas especiais de investigação, apurou-se a fraude de sistemas informatizados de internet banking de pessoas jurídicas e físicas de algumas instituições financeiras.

A organização criminosa invadia virtualmente as contas e transferia quantias em dinheiro para contas-correntes de cúmplices previamente cooptados.

Ainda de acordo com o MP, os percentuais sobre as quantias subtraídas das contas das vítimas destinavam-se à remuneração dos titulares das contas-correntes dos cooptados. “Entretanto a maior parte do dinheiro era entregue, em espécie, aos líderes da organização criminosa. Foram identificadas operações ilegais em contas bancárias de agências localizadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo”, explicam os promotores de Justiça Flávio Márcio Lopes Pinheiro e Guilherme Roedel Fernandez Silva.

Acolhendo pedido do Gaeco, a Justiça de Montes Claros expediu cinco mandados de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão domiciliar e oito de condução coercitiva, sem prejuízo do bloqueio de valores em dinheiro eventualmente existentes nas contas dos líderes já identificados. Até o momento, o prejuízo apurado remonta a aproximadamente R$ 500 mil. O bloqueio tem como objetivo o ressarcimento dos danos causados às vítimas.

Orientação

O Gaeco de Montes Claros solicita que eventuais clientes lesados por ações desta natureza, ainda que ressarcidos pela instituição financeira, procurem a Promotoria de Justiça local para o devido registro da ocorrência, o que permitirá o aprofundamento das investigações e a apuração das responsabilidades.

(Com MPMG)*

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