Uma mulher de Ubá, na Zona da Mata, vai receber uma indenização de R$ 25 mil, por danos morais, após uma cirurgia plástica malsucedida.  A decisão é do juiz Edson Geraldo Ladeira, da 7ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora, que determinou ainda que o médico devolva metade do valor da operação da lipoaspiração e pague a cirurgia reparadora em uma cicatriz que ficou no abdômen da mulher.

Segundo o processo, em outubro de 2009, a paciente fez a cirurgia plástica, com a colocação de prótese mamária de silicone e abdominoplastia, ao custo de R$2.100. Dias depois da retirada dos pontos, por conta de um inchaço, ela retornou ao consultório.

O médico retirou um líquido amarelado (seroma) do abdômen e o procedimento precisou ser repetido durante cerca de quatro meses. Numa dessas vezes, foi identificado a presença de sangue no local.

O profissional informou então que precisaria fazer uma outra cirurgia e o procedimento foi realizado em março de 2010. Mas a paciente ficou frustrada e desesperada, porque além das cicatrizes, ela continuou sentindo dores na região operada.

Em sua defesa,  o médico argumentou que, após a primeira cirurgia, a paciente quis realizar uma lipoaspiração, e ele se comprometeu a retirar a marca do abdômen. Contudo, após esse segundo procedimento, a paciente abandonou as consultas de retorno e não tomou os cuidados que ele indicou.

Para o magistrado, o médico tem responsabilidade sobre o insucesso nos procedimentos, pois, no ramo da estética, a responsabilidade do profissional da saúde é com o resultado final. Além disso, se o quadro da paciente não indicava a possibilidade de êxito da cirurgia, cabia ao réu deixar de fazer o procedimento ou indicar a necessidade de procedimentos prévios. "Na medida em que o profissional aceitou realizar a cirurgia, sem advertir a autora a respeito da presença das supostas condições adversas, ele comprometeu-se a alcançar o resultado desejado", concluiu.

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