“A carne é fraca”. Essa foi a frase utilizada pelo padre suspeito de abusar de uma menina de 14 anos, na cidade de Arceburgo, no Sul de Minas. Em depoimento prestado para a Polícia Civil na última sexta-feira (28), o religioso assumiu a veracidade de vídeo que o mostra beijando a boca da vítima dentro de um quarto da casa paroquial.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Renata Mattoso Lidório Pereira de Paula, o padre negou que tenha tido relação sexual com a menor. “Ele confirmou que os abusos ocorrem desde março do ano passado, mas negou conjunção carnal. Solicitei exames laboratoriais para confirmar a veracidade da informação”, explica a delegada.
O religioso garantiu que não teve relação com outras vítimas. “Ele negou que tenha abusado de outras adolescentes e que a jovem, hoje com 18 anos, que afirma ter sido abusada por ele, seria mentira”, relata a investigadora.
Agora, a Polícia Civil ouvirá os outros coroinhas da paróquia para saber se houve mais abusos. “Temos o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito. Vamos aguardar o laudo pericial e ouvir testemunhas a respeito do caso”, afirma.
A delegada ainda analisa de pedirá a prisão preventiva do padre. “Vamos ouvir o bispo para saber se ele está afastado das funções e analisar do caso antes de tomar qualquer decisão”, completa.
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Relembre
O caso foi descoberto no último dia 26 após denúncia anônima. Policiais militares procuraram a menina depois que tiveram acesso a um vídeo em que mostra, em detalhes, os abusos. Nas imagens é possível ver o pároco acariciando partes íntimas da adolescente e a beijando na boca.
Na quinta-feira (27), a adolescente e a mãe da vítima prestaram depoimento sobre o crime. A vítima relatou que o padre a levava para um quarto dentro da casa paroquial, onde os abusos eram cometidos. "A menina acabou contando para um coroinha da igreja que a orientou a gravar os abusos", completa a delegada.
O vídeo, que circula nas redes sociais, mostra a menina deitada em uma cama, sem a parte de cima da blusa. O padre aparece em cima da menina, a beijando na boca. O material foi entregue a Polícia Civil para análise. A corporação abriu um inquérito para apurar o caso.
A Diocese de Guaxupé disse que afastou o sacerdote imediatamente com o intuito de averiguar os possíveis fatos e acontecimentos. A reportagem entrou em contato com o padre, que disse preferir não se posicionar sobre o assunto e que aguarda a investigação da polícia.